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Comissão de Ética é contra impeachment de presidente do Timão

Membros que analisaram o pedido de destituição de Roberto de Andrade não apontam fraude em assinatura de documentos datados em período anterior à posse do dirigente

Roberto de Andrade - Corinthians
(Foto: Marco Galvão/LANCE!Press)

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A Comissão de Ética que analisou o pedido de impeachment do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, não constatou fraude nas ações do dirigente no comando do clube. No parecer entregue ao presidente do Conselho Deliberativo, Guilherme Strenger, e aos conselheiros do clube, a Comissão diz ser “contrariamente ao pedido de destituição do Presidente da Diretoria” e avalia ser “desproporcional extinguir o mandato de um administrador eleito pelos associados” devido as infrações que constam no processo.

Entregue no final do ano passado, o pedido de impeachment do presidente do Corinthians tem como base a assinatura de dois documentos datados em período anterior à posse de Roberto de Andrade. Um deles é a Ata de reunião que daria mais prazo para a Odebrecht finalizar as obras, enquanto que o segundo documento refere-se à contratação da empresa Omni para administrar o estacionamento do estádio corintiano.

O parecer é assinado pelo presidente da Comissão de Ética, Sérgio Alvarenga, além de outros três membros do colegiado: Carlos Roberto Elias, José Luís Cecílio e Luiz Eduardo da Silva. Apesar do parecer contrário à destituição de Roberto de Andrade da presidência do Corinthians, a decisão final sobre o impeachment do dirigente será dos conselheiros do clube. A votação do processo será realizada no próximo dia 20.

Apesar do parecer ter como base a assinatura dos documentos, o presidente do Corinthians sofre grande pressão por má gestão e por perda de força política após se afastar de Andrés Sanchez, ex-superintendente de futebol da atual gestão. Contratação de técnicos e negociação fracassada com Drogba são alguns casos que geraram críticas a Andrade entre os conselheiros.

A Comissão, entretanto, fez questão de citar que o parecer “fugiu ao máximo da armadilha de avaliar a administração do Presidente” e que “não nos cabe discutir se a gestão é boa ou ruim; se as opções contratuais foram corretas ou não; se o futebol vai bem ou mal; se as finanças estão em ordem, ou não”.

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