‘Patrona’ do futebol feminino do Corinthians dá dica para outros clubes seguirem o caminho
Para Cris Gambaré, com planejamento e sem comodismo qualquer clube pode chegar ao patamar do Timão na categoria
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Campeão brasileiro feminino pelo terceiro ano consecutivo, o Corinthians deve muito o sucesso na categoria à sua diretora da modalidade, Cris Gambaré, à frente do departamento desde 2018, quando o clube alvinegro se dissociou do Osasco Audax e assumiu a administração da categoria.
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No período em que as Brabas passaram a ser geridas diretamente pelo Timão foram nove títulos conquistados.
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Para Cris, o segredo do sucesso está no planejamento e o trabalho, seja no Time do Povo ou em qualquer outro clube brasileiro.
- Na realidade, é um planejamento. Nós sabíamos e queríamos lotar a arena para o espetáculo que foi hoje, com grandes times, uma final. Há o planejamento, mas há também o engajamento, do clube, torcida, atleta, comunicação, e tudo leva ao que vemos hoje, de 42 mil pessoas, uma receita de venda de ingressos bem favorável, e que é possível. Não adianta ficar em uma zona de conforto, mas é possível qualquer clube, se fizer bem feito, chegar onde chegou o Corinthians na data de hoje - destacou Gambaré na zona mista após a vitória corintiana sobre o Internacional, no último sábado (24), que rendeu o título brasileiro feminino.
Além de mais um título conquistado pelas Brabas, o duelo deste fim de semana foi histórico porque marcou a quebra do recorde de público em um jogo de futebol entre mulheres no Brasil. Foram 41.070 pessoas na Neo Química Arena, superando a marca do confronto de ida, em Porto Alegre, na semana passada, onde 36.330 torcedores estiveram presentes no Gigante da Beira Rio.
No caso do Corinthians, no entanto, a Arena lotada significou bons números financeiros, já que a renda bruta ultrapassou os R$ 900 milhões. No caso do Inter, os ingressos foram trocados por doações, pois a ideia era principalmente levar os colorados ao estádio.
- É uma conquista. Na realidade, não é cultural a modalidade. O futebol de mulheres ficou muito tempo sem ser visto. É uma cultura, não só CBF, mas outras federações, Conmebol, estão vendo que é um outro cenário, tem que melhorar financeiramente pelo produto e pelo espetáculo. Hoje temos um produto, investidores, transmissão aberta, streaming, hoje a comunicação conhece ofutebol feminino, sabe quem são as atletas podem colocar uma coisa a mais. É uma conquista e agora estão enxergando melhor. Acredito que para os próximos anos vai melhorar mais ainda - destacou Cris Gambaré.
O título brasileiro foi o segundo do Corinthians na temporada do futebol feminino. Em fevereiro, as Brabas conquistaram a primeira edição da Supercopa do Brasil na categoria. No ano passdo, as corintianas venceram todos os torneios que disputaram: Paulista, Brasileiro e Libertadores.
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