Paulistinha Day! Título Estadual do Corinthians contra o Palmeiras, no estádio do rival, completa três anos

Em 2018, Timão levantou o 29º caneco do estadual em plena arena palmeirense, após vitória nos pênaltis

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O dia 8 de abril marcou um dos mais importantes títulos da história do Corinthians, que completa três anos nesta quinta-feira (8). O triunfo no Estadual em 2018 não foi especial para a nação corintiana apenas pela conquista em si, que foi a 29ª na história corintiana, mas por ser a primeira decisão contra o arquirrival, Palmeiras, na nova arena alviverde. 

Levantar a taça do Paulista, ou Paulistinha, como renomeou o presidente palmeirense Maurício Galiotti, após a partida, na casa do rival, foi um dos momentos mais saborosos dos mais de cem anos do Timão. 

Campanha corintiana

Corinthians e Palmeiras já haviam praticamente decidido o Campeonato Brasileiro de 2017, que, embora seja disputado em pontos corridos, teve os dois times disputando a taça ponto a ponto até a 32ª rodada, quando se enfrentaram e o Timão venceu por 3 a 2, em Itaquera. 

Na primeira fase do Paulistão, nova vitória corintiana, na Neo Química Arena, por 2 a 0. 

O Timão foi líder do Grupo A do Estadual e encontrou o Bragantino, que ainda não fazia parte da franquia Red Bull, nas quartas de final. Contra o Massa Bruta, o Corinthians teve que reverter um placar adverso de 3 a 2, sofrido no jogo de ida, disputado no estádio do Pacaembu, com mando da equipe de Bragança, vencendo por 2 a 0 a volta, em casa, na volta. 

As semifinais colocaram os quatro maiores clubes do Estado frente a frente. De um lado da chave, o Palmeiras bateu o Santos, nos pênaltis, após vencer por 1 a 0 o jogo de ida e perder por 2 a 1 a volta.

Já os corintianos encararam o São Paulo. Nos primeiros minutos, jogados no estádio do Morumbi, a vitória foi são paulina, por 1 a 0. Na volta, o jogo estava empatado sem gols, garantindo a classificação do Tricolor, até os acréscimos, quando Rodriguinho subiu mais alto que a defesa adversária, após cobrança de escanteio, e empatou o placar agregado. 

A classificação foi definida nas penalidades, com o Corinthians vencendo. 

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Derrota na ida

Palmeiras e Corinthians voltavam a uma decisão de campeonato após 19 anos. A última vez, em 1999, ficou marcada por vitória corintiana, com direito a embaixadinhas provocadoras do atacante Edílson e pancadaria generalizada entre os atletas dos dois times. 

O Timão vinha de quatro vitórias consecutivas no Dérbi, e o Alviverde não vencia o clássico há um ano e meio. 

No entanto, em plena Neo Química Arena, com sete minutos de jogo, o atacante Borja marcou o gol da vitória palmeirense na partida de ida, fazendo o Palmeiras largar na frente na decisão. 

Decisão polêmica

Contudo, no primeiro Dérbi em final de campeonato disputado no Allianz Parque, o Timão fez a vantagem palmeirense ruir no primeiro minuto de jogo, com uma grande jogada de Mateus Vital pelo lado esquerdo, tocando para Rodriguinho abrir o placar para o Corinthians. 

O placar persistiu assim até o fim do jogo, mas os palmeirenses até hoje reclamam de um pênalti inicialmente marcado pelo árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, que voltou atrás após sete minutos. 

A diretoria do Palmeiras reclamava de interferência externa de membros da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol que não estavam envolvendo no quinteto escalado para a partida, na mudança de opinião de Aparecido, em uma época que o VAR ainda não era realidade no futebol brasileiro. 

O Alviverde rompeu por meses com a FPF, não enviando representantes em eventos e solenidades promovidas pela entidade máxima do futebol paulista, além de levar a situação a julgamento, que se encerrou em setembro de 2018, após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), sediado no Rio de Janeiro, legitimando o título corintiano. A tentativa do Palmeiras era a impugnação da partida. 

Em entrevista coletiva após a final, na zona mista do arena alviverde, o presidente do Palmeiras classificou a competição como um "Paulistinha manchado". 

Após o 1 a 1 agregado, o Timão garantiu o título paulista de número 29 da sua galeria na marca da cal, convertendo todas as cobranças e vendo dois dos atletas mais caros do rival, Dudu e Lucas Lima desperdiçando as suas batidas, ambas parando no goleiro Cássio. 

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