Revoltada pela entrada de Danilo na vaga de Giovanni Augusto aos 20 minutos do segundo tempo, a torcida do Corinthians vaiou o técnico Cristóvão Borges antes de a equipe empatar a partida contra o Figueirense, neste sábado, na Arena de Itaquera. A vontade a Fiel foi esclarecida pouco tempo depois das vaias, quando um coro pediu por Guilherme, camisa 10 da equipe e reserva desde a segunda partida do novo técnico. Após o início do canto por Guilherme, que aquecia na beirada do gramado, o jogador foi acionado aos 37 minutos do segundo tempo e ajudou o Timão a somar um ponto e evitar o fiasco da derrota para o Figueira dentro de seu estádio: 1 a 1.
Cristóvão tratou de explicar a opção pela entrada de Danilo, e não de Guilherme, ainda no início da etapa complementar da partida contra o Figueirense. Segundo ele, que não vê o camisa 10 sem espaço, Danilo poderia ajudar na construção de jogadas e ainda participar da conclusão do que fosse criado a partir daquele momento, quando o Timão ainda estava atrás do placar. Guilherme, acionado depois, permitiria mais infiltrações e evitaria os contra-ataques do Figueirense.
- O Guilherme não tem iniciado os jogos, mas sempre entra - alertou o treinador do Corinthians, negando falta de espaço para o camisa 10.
Guilherme iniciou a temporada de 2016 como titular sob o comando de Tite, atuando como um dos homens mais recuados da segunda linha de quatro no 4-1-4-1, ao lado de Elias. Seu rendimento, porém, não foi considerado bom o suficiente e ele foi sacado da equipe. A volta ocorreu em nova posição, como homem centralizado de meio-campo no 4-2-3-1, que variava para o 4-4-2. Ali, o jogador voltou a ganhar elogios, mas logo a troca de Tite por Cristóvão no comando interrompeu sua sequência. No segundo jogo, o treinador contratado pelo Timão escalou Giovanni Augusto como armador e sacou o 10. Agora, ouve pedidos pela volta de Guilherme ao time titular.
- Ali onde a gente aquece o torcedor fica pedindo, mas não é a gente que manda. Entrei, tentei fazer o que deu, conseguimos o gol ainda, mas é trabalhar para voltar a vencer - disse Guilherme, que não respondeu se está fazendo falta à equipe.
- Aí eu vou me auto-elogiar, não é uma pergunta simples de responder. Importante é que eu estou trabalhando bem. A gente quando começa a jogar pouco tem que tomar cuidado para não perder esse timing, se preparar para quando a oportunidade surgir. Vamos trabalhar tranquilamente para conseguir as coisas - sentenciou.