Por Arena e patrocínio, Corinthians e Caixa negociam em duas frentes
Clube e estatal voltaram a conversa na última quinta-feira sobre adiar pagamento de parcelas referentes ao financiamento do estádio. Banco pode voltar à camisa do Timão
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A Caixa Econômica Federal mantém duas negociações simultâneas com o Corinthians. No entanto, elas não têm relação entre si. Uma é com o departamento de marketing do Timão e trata sobre a volta da estatal ao posto de patrocinadora master do clube. A outra é com o departamento financeiro alvinegro, referente a possibilidade de adiar o pagamento das parcelas da Arena.
O Corinthians adota otimismo nas duas frentes. A conversa sobre o patrocínio evoluiu apesar de o banco oferecer os mesmos R$ 30 milhões que pagou na última temporada. Isso porque o banco aceitou expor sua marca apenas no peito da camisa, deixando as costas livre para o clube negociar com outra empresa, além de ter aberto mão de outros benefícios em contrato.
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No início do ano, dirigentes do Timão alegavam nos bastidores que o fim da parceria com a Caixa tinha relação com a negociação pelos naming rights da Arena. A empresa que tem negociações mais avançadas com o clube também é do ramo de finanças e estaria disposta também a estampar sua marca na camisa alvinegra.
- Isso não tem relação. São tratativas independentes uma da outra. A Caixa não ficou pois não aceitou nossas propostas, mas recentemente resolveram nos buscar de novo - comenta o diretor financeiro do clube, Emerson Piovesan.
Já sobre a Arena, a negociação se arrasta há meses e contou com uma reunião na última quinta-feira entre Timão e Caixa. O fundo que gere as contas do estádio tem até a próxima sexta-feira para pagar mais R$ 5,7 milhões do financiamento da obra. A diretoria alvinegra argumenta que outros palcos da Copa de 2014 tiveram carência de 36 meses para a quitação, enquanto o de Itaquera foi de 20 meses. Por este argumento, o Corinthians pede 16 o "congelamento" dos débitos por mais um ano e meio.
Tal operação, contudo, não é fácil. A Caixa pede diversas garantias e revisões no plano de negócios da Arena.
O fundo que gere o estádio corintiano tem dificuldades para juntar dinheiro. Se não houver receitas suficientes para pagar as parcelas do financiamento, o Timão terá de arcar com recursos próprios.
- Acreditamos que não será preciso recorrer ao caixa do clube e estamos conversando sobre a carência do financiamento. Abril é um mês de jogos importantes, que devem render boa bilheteria - argumenta Piovesan.
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