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Presidente do Corinthians cede à pressão e demite Oswaldo de Oliveira

Roberto de Andrade desejava manter o treinador, mas foi convencido por conselheiros. Treinador deixa o comando do Timão após dois meses, nove jogos e só duas vitórias

Oswaldo de Oliveira em entrevista coletiva
<br>(Foto: Luis Moura/WPP)

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Chegou ao fim a terceira passagem do técnico Oswaldo de Oliveira no comando do Corinthians. Nesta quinta-feira o clube anunciou a demissão do treinador de 66 anos. Ele deixa o Timão após somente dois meses de trabalho, tendo realizado nove jogos, vencido dois, empatado quatro e perdido três (37% de aproveitamento).

Roberto de Andrade, presidente alvinegro, era favorável à permanência de Oswaldo, mas acabou cedendo à pressão de conselheiros. Ele chegou a se reunir com o treinador na última quarta, em restaurante em São Paulo, mas adiou o anúncio. O diretor de futebol Flávio Adauto e o gerente Alessandro Nunes também participaram do encontro. Nesta quinta houve um novo encontro, somente da direção, que determinou a mudança.

"Após reunião entre a direção do Corinthians e o treinador, foi decidido que ele não prosseguirá para a próxima temporada. O Corinthians agradece os serviços prestados por Oswaldo de Oliveira", informou o clube em nota oficial.


Agora, o Timão vai ao mercado em busca de novo comandante. A intenção é fechar com um profissional ainda esta semana para não atrasar o planejamento para a próxima temporada.

Oswaldo foi contratado pouco após a demissão de Cristóvão Borges, que durou apenas três meses no comando do clube. Nos nove jogos finais da temporada foram duas vitórias, quatro empates e três derrotas. Na Copa do Brasil, eliminação pelo Cruzeiro nas quartas de final comandando apenas o jogo de volta. Já no Brasileirão ele assumiu a equipe na sétima posição e ficou no mesmo lugar até o fim, sem conquistar uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores.

A contratação do treinador ocorreu à revelia de boa parte dos oposicionistas e também aliados do presidente Roberto de Andrade. Tanto é que Eduardo Ferreira, então diretor-adjunto de futebol, pediu demissão no mesmo dia da chegada de Oswaldo, escancarando uma crise política que acabou sendo a maior responsável pela queda do técnico. O mandatário teme que o pedido de impeachment feito por 63 conselheiros do clube avance caso não dê uma "resposta" sobre Oswaldo.

A decisão pessoal do presidente Roberto de Andrade desagradou parte da cúpula, que voltou a fazer pressão contra o nome do técnico após o fim do Brasileirão. Na terça-feira, a ideia da diretoria era manter Oswaldo, que viveu sua terceira passagem pelo Corinthians e acumula 123 partidas no total, além de três títulos (Paulistão e Brasileirão de 1999 e o Mundial de Clubes de 2000)

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