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Ex-presidente do Corinthians critica pênalti perdido em 2013: ‘Quem é Pato para fazer aquilo?’

Roberto de Andrade, em entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, no Youtube, lembrou do lance que eliminou o Timão da Copa do Brasil, contra o Grêmio e não poupou as críticas

Roberto de Andrade
imagem cameraRoberto de Andrade não poupou críticas para Alexandre Pato (Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 14/05/2020
17:59

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Alguns lance ficam tão marcados na memória esportiva que constantemente são trazidos de volta para as discussões. Um deles é o pênalti perdido por Alexandre Pato, vestindo a camisa do Corinthians, contra o Grêmio, em decisão por pênaltis nas quartas de final da Copa do Brasil de 2013. Dessa vez quem se pronunciou de forma contundente foi Roberto de Andrade, ex-presidente corintiano, que naquela época era vice-presidente do clube.

Em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, no Youtube, na última terça-feira, o ex-mandatário do Timão não poupou críticas ao atacante que hoje pertence ao São Paulo. Quase sete anos depois, as declarações do dirigente mostram que o episódio ainda não foi superado e dificilmente será. Em uma das frases, Roberto diz que nem Pelé tentaria fazer algo do tipo seja qual fosse a ocasião.

- Eu pergunto para você, nem vamos falar que é um jogo super importante de Copa do Brasil, de mata-mata, vamos falar que é um jogo que nós estamos brincando com os amigos na pelada de dia de semana na quadra à noite. Você vai perdoar um cara que vai bater um pênalti daquele jeito? Isso não é brincadeira, nem o Pelé que é o Pelé, nunca vi fazer uma graça daquela. Quem é o Pato para querer fazer isso? Está de brincadeira achar que é normal. Normal? Está de brincadeira - disse o ex-presidente antes de completar:

- Não sei se foi a maior raiva, mas foi uma das maiores, porque é um negócio que você fala "perdemos, nossa bola bateu na trave" ou perdeu um pênalti, chutou certo e o goleiro pulou no canto certo, cansamos de passar por isso, é normal, faz parte, ou perdemos no jogo, não jogamos bem naquela noite, o Grêmio montou um timaço, nos marcou, paciência, é futebol, alguém tem que ganhar, é sempre assim... Agora você jogar fora? Não, desculpa, mas não dá para entender. Aí você fala "o ambiente ficou ruim para o lado dele", mas pelo amor de Deus, só faltava ficar bom. Ele foi para o São Paulo emprestado, eu não estava lá no Corinthians, em 2014, ele se ambientou lá, óbvio que ele não queria falar mais de Corinthians.

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No mesmo dia, em seu perfil do Twitter, Alexandre Pato fez um post que parece ter sido referente à repercussão da entrevista que ocorreu entre 20h e 22h. A postagem do atacante são-paulino aconteceu às 22h59. Confira:

- Estamos em 2020 minha galera... #ficaadica.

Recentemente, em entrevista para a ESPN, Pato declarou que não havia sido bem recebido pelos colegas de Corinthians, já que era um grupo muito fechado, mas negou que tenha havido problemas após aquela fatídica partida. Roberto de Andrade, por sua vez, disse que não soube de nada relacionado ao ambiente do clube ter sido ruim para o jogador naquela época.

- Não via isso no dia a dia, lógico que tem sempre dois ou três que têm uma amizade maior do que com os outros, mas isso não significa que com os outros eles vão brigar, não se falam. Nunca teve isso. Eu sempre gosto de afirmar que todos os times que nós montamos no Corinthians, tanto como diretor de futebol quanto como presidente, uma coisa que me orgulha bastante é que o ambiente sempre foi o melhor possível.

Roberto de Andrade, que foi presidente do Corinthians entre 2015 e 2018, lembrou de uma proposta que o clube recebeu por Pato durante o seu mandato, após voltar de empréstimo ao São Paulo. A oferta da China, "fora de série", não agradou por motivos pessoais naquele momento. Pouco tempo depois o jogador iria para o futebol chinês, após passagem pelo Villarreal-ESP.

- Na época em que ele estava no Corinthians, nós tivemos uma oferta da China fora de série para ele e para o clube. Eu não lembro o valor, mas era muito dinheiro, 12 ou 13 milhões de euros, um número desses aí. "Eu não vou, porque minha mulher não quer ir". Não quer ir, vou fazer o quê? Não tem o que discutir. Aí nós conseguimos fazer uma operação e ele foi para a Espanha. Quantos meses depois ele foi para a China? Nem um ano depois, aí a China mudou, ficou tudo bom. Algumas coisas não têm como esquecer e um jogador quando quer prejudicar um clube, ele prejudica, ou não ajuda, nem vou chamar prejudicar, porque está no direito dele, mas não faz nada para ajudar.

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