Presidente nega ‘governo partilhado’ proposto por Andrés no Corinthians
De volta de viagem aos Estados Unidos, Roberto de Andrade avisa que não pretende se licenciar e aguardará definição do impeachment. Ele também recusou 'junta' na diretoria
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De volta de viagem dos Estados Unidos após três semanas, Roberto de Andrade reassumiu suas funções na presidência do Corinthians e se reuniu com Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, nesta segunda-feira, no Parque São Jorge. O deputado federal (PT-SP) havia declarado que faria cobranças ao mandatário e iria propor a formação de uma junta de dirigentes para "resgatar" o clube. Nada disso, porém, vai sair do papel. Roberto de Andrade rejeitou a proposta de "governo partilhado" que faria profissionais como Luis Paulo Rosenberg, Raul Corrêa e o próprio Andrés voltarem à diretoria.
- Lamentavelmente o que ele (Andrés) tentou fazer não frutificou - avisa Rosenberg, que retornaria à direção de marketing após quatro anos caso a proposta do ex-presidente tivesse sido aceita pelo atual mandatário.
- Em função da gravidade da crise, da necessidade de se gerar recursos e recuperar a credibilidade, o Andrés tentou montar para o Roberto uma diretoria com nível de presidentes. O que estamos tentando fazer é dentro da legalidade, dentro do estatuto, esboçar uma solução que dependia da aceitação do Roberto. Então foi pegar dentro da trajetória recente do Corinthians as pessoas que mais se destacaram como profissionais, como Raul, ele (Andrés) na área do futebol, André Negão, que é um grande administrador, no Parque São Jorge, e me pediram para cuidar de marketing e do estádio. Seria uma união, um governo partilhado que teria como pre-condição ser desejado pelo Roberto. Essa foi a proposta que o Andrés levou e infelizmente o Roberto achou desnecessário esse esforço, vai continuar com as escolhas que ele privilegiar - completou, à Rádio Bradesco Esportes, o ex-dirigente.
Além de rejeitar a ideia de formar uma nova diretoria para contornar a crise política do Corinthians, Roberto de Andrade também avisou que não pretende se licenciar por três meses, mesmo com o ultimato proposto por um grupo. Assim, o presidente segue seu mandato e aguardará as definições sobre o processo de impeachment aberto no ano passado. Até o fim de janeiro a comissão de ética e disciplina do Conselho Deliberativo do Corinthians deve divulgar o parecer sobre a defesa apresentada por Andrade. O processo pode ser barrado ou ganhar grande força neste momento.
O mandato de Roberto de Andrade vale até fevereiro do ano que vem. No processo de impeachment ele é acusado de cometer fraude e assinar documentos com datas anteriores à de sua posse, em fevereiro de 2015.
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