Presidente do Corinthians minimiza tumulto na Bahia e diz que convidou organizada ao CT: ‘Eu sei o que pode’
Roberto de Andrade se manifestou pela primeira vez após reunião de membros da Gaviões da Fiel que repercutiu mal entre os jogadores. Depois, houve xingamentos em hotel
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Roberto de Andrade concedeu uma entrevista coletiva áspera nesta quinta-feira, dia em que o Corinthians venceu a Ponte Preta por 3 a 0 na Arena de Itaquera e espantou um jejum de cinco partidas sem vencer na temporada. O principal assunto do diálogo de cerca de cinco minutos do presidente do Timão com a imprensa foram as recentes manifestações de torcedores a respeito da fase da equipe, em especial a reunião promovida dentro das dependências do CT Joaquim Grava com quatro representantes da Gaviões da Fiel, a principal organizada do clube, seis jogadores (Cássio, Fagner, Uendel, Elias, Giovanni Augusto e André) e dirigentes do Corinthians.
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Dias após o diretor adjunto de futebol do clube, Eduardo Ferreira, dizer que o encontro é "cultural" no Corinthians e serviu como incentivo para a sequência da temporada, Roberto de Andrade revelou ter feito um pedido para que a Gaviões da Fiel fosse ao CT para uma conversa amistosa.
- Não é que a diretoria permitiu, a diretoria que convocou que eles (torcedores organizados) fossem lá para conversar. Eu que pedi que eles fossem. Para mim é (normal), não tem nada demais. É normal que se converse, foi só isso. Não abre nenhum precedente. Vai falar que gera violência? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Se tivesse perdido hoje (quinta-feira) você ia falar que era por isso? Não há efeito a favor nem contra, a torcida faz parte do futebol - disse o presidente do Corinthians, antes de completar ao ser questionado sobre o aval da comissão técnica para o encontro de jogadores com torcedores.
- Comissão técnica não tem que dar aval nenhum, o presidente sou eu. Não chamei a comissão técnica para conversar, chamei os torcedores para conversar com os jogadores, a comissão técnica não tem que falar se pode ou não. Eu sei o que pode. O que me motivou foi a vontade de conversar, nenhum problema. Eu acho que conversa cabe sempre e eu sou adepto a isso, por isso chamei três quatro pessoas da torcida para conversar. Não foi a primeira vez que fiz isso e não vou parar de fazer se for necessário - bradou o mandatário.
Além da reunião no CT Joaquim Grava, houve outro encontro recente entre torcedores organizados e jogadores do Corinthians, porém o clima não foi amistoso. Na Bahia, antes da partida contra o Vitória pela segunda rodada do Brasileirão, alguns torcedores xingaram e protestaram contra o grupo no hotel em que estavam hospedados. Segundo Roberto de Andrade, houve manifestações fortes, mas sem agressão física.
- Estavam lá, reclamação faz parte. Não tem como travar as pessoas de falarem. Não houve agressão, nada. Quem falou é mentiroso e maldoso. Houve xingamentos e reclamações - explicou.
Apenas um jogador do Corinthians se posicionou sobre as manifestações da torcida nos últimos dias. Recém-chegado ao clube, o meio-campista Guilherme disse que tal ato deixava o grupo chateado e não era positivo. Tite e mesmo líderes do grupo, como Fagner e Cássio, disseram que não falariam sobre o assunto. De acordo com Roberto de Andrade, Guilherme só foi contra porque não sabia como havia sido a conversa.
- Todos ficaram muito confortáveis. Você não ouviu da boca de ninguém que eles não ficaram. O Guilherme nem estava presente na conversa, estava dentro da fisioterapia, quando ele soube "ah, os torcedores estão aí" aí ficou com a conotação de invasão. Não tem nada a ver. Pergunte para qualquer um do elenco que estava na sala - disse o mandatário.
ESCÂNDALO DA BASE
Roberto de Andrade ainda foi questionado a respeito das denúncias de corrupção nas categorias de base do Corinthians, mas não deu declarações profundas sobre o tema. "Tenho mais com o que me preocupar", disse.
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