Recomposição, encaixe e confiança: veja porque Guedes e Yuri ainda não engrenaram juntos no Corinthians
Yuri Alberto segue zerado no Timão, enquanto Róger Guedes só marcou um gol desde que o novo reforço chegou ao clube alvinegro
Mesmo com novos números na camisa, a parceria entre Róger Guedes e Yuri Alberto segue estagnada no Corinthians. Após a derrota por 1 a 0 diante do Palmeiras, pela 22ª rodada do Brasileirão, o Timão não balançou as redes em três dos últimos quatro jogos, e o setor ofensivo novamente foi foco das críticas.
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No Dérbi, Vítor Pereira voltou a escalar os atacantes na equipe titular, com Yuri no pivô e Guedes caindo pela esquerda e centralizando em determinados momentos. A última vez que os dois atletas atuaram juntos no onze inicial foi na derrota por 2 a 0 diante do Atlético-GO, na partida de ida da Copa do Brasil.
Após o revés em Goiânia, o treinador corintiano havia indicado que não utilizaria mais Yuri e Guedes juntos, pois eles não ajudavam defensivamente, especialmente na marcação dos corredores.
Entre a partida contra o Dragão na Copa do Brasil e o Dérbi no Brasileirão, o Timão disputou quatro jogos, e os dois jogaram juntos em 90 dos 360 minutos.
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Apesar de taticamente comprometerem a equipe na visão de Vítor Pereira, a dupla atuou no clássico e deve receber nova chance quarta-feira (17), contra o Atlético-GO, pela Copa do Brasil. A escolha se deve mais pela falta de opções no elenco do que propriamente a vontade do treinador.
- Eu disse que eles não poderiam jogar juntos em determinados jogos, o que é praticamente impossível. Neste momento, é a solução que nós temos. Nós perdemos o Willian e o Mantuan, temos o Gustavo e o Adson, o Róger também pode jogar como extremo pelo lado esquerdo - declarou Vítor Pereira na entrevista coletiva após o Dérbi.
Mesmo apontando Róger Guedes como opção na ponta esquerda, o treinador disse que o atleta não possui as características necessárias para ser o ponta ideal em seu esquema de jogo.
- (Róger) Não tem característica de extremo para mim, a característica do extremo que eu gosto de ver. Eu gosto de ver extremo que vai de frente. Mas, tem que jogar, temos que nos adaptar, temos que encontrar a dinâmica com os jogadores de ataque que nos permita fazer gols - ponderou Vítor.
Vale ressaltar que no início do Brasileirão, o treinador e o atacante trocaram farpas exatamente sobre o posicionamento de Guedes. O jogador disse que preferia atuar pelos lados, enquanto Vítor escalava ele centralizado.
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YURI ALBERTO
Yuri Alberto, que herdou a camisa 9 de Róger Guedes, chegou ao seu oitavo jogo pelo Timão sem balançar as redes ou contribuir com uma assistência.
Contratado para resolver a carência na posição de centroavante do time, ele ainda não conseguiu mostrar suas credenciais ao torcedor corintiano.
Um dos problemas enfrentados por Yuri neste começo pelo clube do Parque São Jorge diz respeito a falta de criatividade da equipe, que não consegue servir seus atacantes, e por consequência produz um baixo número de chutes. O Corinthians tem a pior média de finalizações por jogo no Brasileirão, 9.86 segundo o Footstats.
Diante do Palmeiras, ele foi titular pela primeira vez com Renato Augusto, apontado como um dos jogadores mais técnicos do elenco, e conseguiu seu primeiro chute ao gol em finalização de bicicleta defendida por Weverton.
Contudo, a questão vai além das chances criadas pelos companheiros, e a seca pode estar afetando o mental do atleta. Vítor Pereira apontou na coletiva que o atleta chegou no momento onde, mesmo com pouco de tempo de clube, precisa marcar um gol para deixar os problemas de lado.
- O Yuri está chegando agora, com pouquíssimo tempo de trabalho para ligar com os outros e vai ser de duas ou uma, ou faz um gol e desbloqueia, ou então começa a sentir um pouco a ausência do gol e perde a confiança nele próprio. Nós estamos com dificuldades a criar e a fazer gols, mas eu tenho certeza absoluta que será um comportamento que iremos melhorar desde que haja um pouquinho de tempo para trabalhar - disse Vítor Pereira.
Após o clássico contra o Palmeiras, Yuri Alberto e Róger Guedes completaram 310 minutos juntos em oito jogos.