Corinthians registra maior número de passes desde o Paulistão, mas apresenta domínio improdutivo
Timão trocou 600 passes e teve quase 70% de posse de bola diante do América-MG, porém não deu trabalho para o goleiro adversário, que passou o jogo sem fazer defesa difícil
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O Corinthians ainda se restabelece da derrota por 1 a 0 para o América-MG na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, na última quarta-feira, mas ainda é tempo de absorver lições do resultado negativo. E uma delas é a questão da posse de bola improdutiva, já que o time apresentou números expressivos no quesito, mas não conseguiu levar perigo ao goleiro adversário.
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Com 600 passes, segundo o SofaScore, o Timão registrou sua melhor marca desde a semifinal do Paulistão, quando derrotou o Mirassol por 1 a 0, ainda com Tiago Nunes. Naquele ocasião, a equipe trocou mais de 700 passes. No entanto, de nada adiantou o recorde nesse recorte de tempo, já que o domínio não foi convertido em finalizações perigosas, muito menos em bolas na rede.
Esse problema chamou a atenção de Vagner Mancini, que não escondeu sua irritação ao analisar o jogo em entrevista coletiva. Segundo ele, apesar de o time terminar o duelo com 68% de posse de bola, houve um exagero de toques para trás e poucas jogadas efetivas, o que permitiu uma jornada tranquila ao goleiro Matheus Cavichioli, que fez apenas três defesas durante os 90 minutos.
- Tivemos a bola nos pés a maior parte do tempo, mas não produzimos aquilo que tinha que produzir. Por isso, não chutamos bola a gol. O goleiro adversário não fez uma defesa difícil. Óbvio que isso me preocupa. Está baseado na personalidade que temos que ter em campo para executar as jogadas. Incentivo os jogadores para o um contra um, para tentar as jogadas, mas às vezes tomam a decisão de tocar para trás, me irritei muito - disse o técnico.
Segundo o SofaScore, o Timão finalizou 14 vezes durante a partida, sendo que foram seis chutes travados, cinco para fora e apenas três em direção ao gol, nenhum deles, porém, levou perigo. O lance que mais ameaçou a meta do Coelho foi em um cabeceio de Éderson, que passou raspando a trave, mas foi só. Os outros lances foram tranquilos para a defesa da equipe mineira.
- Tivemos os melhores números do jogo, mas não adianta nada quando você perde. Temos de encontrar esse equilíbrio, ter mais agressividade nas ações. Fora de casa fica mais fácil pela forma reativa que jogamos, mas dentro temos de propor mais, ser um time que oferece algum risco para que o adversário não tenha a possibilidade de nos atacar com tanta frequência - avaliou Mancini.
Chamou a atenção também a quantidade de chutes de fora da área que o Corinthians arriscou na última quarta-feira. Das 14 finalizações, oito delas foram de longa distância, o que, de acordo com Vagner Mancini, também indica uma falha nas tomadas de decisão, uma vez que os jogadores não conseguiram encontrar melhores alternativas para definir o que fazer naquele momento.
- Hoje (quarta-feira) se erramos em algumas coisas, erramos na tomada de decisão. Chutamos quando deveríamos passar, e passamos quando deveríamos ter chutado. São decisões que te tiram a confiança.
O Corinthians volta a campo neste sábado, às 19h, na Neo Química Arena, para receber o líder do Campeonato Brasileiro, o Internacional, pela 19ª rodada da competição. Atualmente, o Timão ocupa o 13º lugar na tabela com 21 pontos.
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