Sylvinho lamenta primeiro revés em clássico com o Corinthians e nega que jovens ‘tremeram’ em partidas fora
Técnico admite atuação ruim contra o São Paulo e não vê atletas vindos da base sentirem a pressão nas duas derrotas sofridas como visitantes em jogos que tiveram torcida dos rivais
Desde quando as partidas deste Campeonato Brasileiro passaram a contar com a liberação da presença de torcedores nos estádios, o Corinthians conquistou duas vitórias em casa e sofreu duas derrotas como visitante, sendo a última delas por 1 a 0 para o São Paulo, na noite desta segunda-feira, no Morumbi. E neste confronto no campo do Tricolor, o técnico Sylvinho acabou perdendo a sua invencibilidade em clássicos sob o comando do time alvinegro.
TABELA
> Veja classificação e simulador do Brasileirão-2021 clicando aqui
> Conheça o aplicativo de resultados do LANCE!
GALERIA
> Confira as fotos da nova terceira camisa roxa do Corinthians
Nos dois duelos diante da Fiel na Neo Química Arena, ocorridos após longo período de portões fechados por causa da pandemia da Covid-19, o Timão bateu o Bahia por 3 a 1 e o Fluminense por 1 a 0, mas no intervalo entre estes jogos foi superado pelo Sport por 1 a 0, na Arena Pernambuco, e agora caiu diante dos são-paulinos, que foram apoiados por quase 24 mil torcedores.
Após essa última derrota, Sylvinho lamentou o término de sua invencibilidade em clássicos e admitiu que o Alvinegro não conseguiu apresentar um bom futebol no Morumbi. Antes deste jogo, o treinador acumulava uma vitória e um empate com o Palmeiras, além de mais duas igualdades em duelos com o Santos e com o próprio São Paulo, este em Itaquera, no 1º turno do Brasileirão.
- O clássico, sim, meu primeiro clássico que acabo perdendo, é uma sensação sempre ruim, não é boa. Se tivermos de fazer algumas comparações, não foi bom, nós vencemos o Palmeiras com méritos (por 2 a 1, em casa, pela 22ª rodada) e hoje contra o São Paulo nós tivemos mais dificuldades e realmente perdemos o jogo. Não foi um bom jogo e temos de estar melhorando. Mas, enfim, faz parte, o campeonato é bastante difícil. Sim, foi um jogo nosso que não foi dos melhores - reconheceu o comandante.
SEM 'TREMEDEIRA' DOS JOVENS DA BASE
Ao ser questionado sobre a possibilidade de jogadores vindos da base terem sentido a pressão nestas partidas que o Corinthians fez como visitante diante de rivais que puderam contar com o apoio dos seus torcedores, Sylvinho se negou a crer que isso ocorreu e citou a própria cobrança da Fiel por vitória nos confrontos em casa para justificar a sua opinião sobre o assunto.
- Não acredito nesta relação do público, de que a volta (dos torcedores) influencie (no desempenho dos mais jovens). Não acredito porque quero entender e assim tenho claro que, muitas vezes, quando você sente um jogo em casa, onde o torcedor do Corinthians, que é impactante, é forte, o atleta pode sentir ali - analisou o treinador, antes de citar alguns nomes de jogadores vindos da base que ele considera que não "tremem" com a torcida contra.
- O que ocorre é que os atletas da base, a grande maioria deles, são atletas que estão muito acostumados com a pressão, com torcida, com a camisa. Não é à toa que todos, desde Roni, Adson, (Du) Queiroz, João Victor, vestem a camisa do clube e vão pra Arena (do Corinthians) jogar - reforçou.
Entre estes nomes citados por Sylvinho, Adson foi escalado para substituir o lesionado Willian contra o São Paulo e não foi bem no clássico, no qual saiu para entrada de Gustavo Mosquito. Já Du Queiroz herdou a vaga do suspenso Fagner e se envolveu em uma confusão com Liziero no primeiro tempo após se estranhar com o rival em uma disputa pela bola e chegar a levar um tapa.
Para completar, o zagueiro João Victor foi punido com um cartão amarelo por empurrar Liziero após a agressão a Du Queiroz. E foi o terceiro recebido pelo defensor, que com isso está suspenso e não poderá enfrentar o Internacional no próximo domingo, às 16h, no Beira-Rio, pela 28ª rodada do Brasileirão. Será então, em Porto Alegre, mais uma prova de fogo para os jovens vindos da base - e também para os medalhões - na luta para se aproximar ao G4 da tabela.