Tensão entre torcida e polícia antecede votação de impeachment no Corinthians
Torcedores protestaram em frente ao Parque São Jorge
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O Conselho Deliberativo do Corinthians votará nesta segunda-feira (2) o pedido de impeachment de Augusto Melo do cargo de presidente do clube. O pleito ocorrerá no Parque São Jorge, com a primeira chamada às 18h (de Brasília) e a segunda uma hora depois. Mesmo horas antes da decisão, um clima tenso entre torcedores e a Polícia Militar de São Paulo impera nos arredores da sede social do clube.
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Por volta das 15h, dezenas de torcedores se reuniram no portal do Parque São Jorge. A Polícia Militar de São Paulo organizou um cerco aos manifestantes com dois quarteirões de distância da sede social. A decisão das autoridades gerou descontentamento nos corintianos que entoaram gritos de protesto.
"Não vai ter golpe" e ameaças em caso de aprovação do impeachment deram o tom dos gritos dos torcedores. Helton Moreira, advogado da OAB responsável por administrar conflitos de violência institucional, conversou com torcedores e tentou acalmar os ânimos.
- Quem estabeleceu a distância de duas quadras para o clube não foi o Corinthians, foi a Polícia Militar como medida de segurança para eles para não ter invasão. Para evitar confronto direto nós pedimos para que eles fiquem aqui, a manifestação é legítima, está na constituição, mas estou aqui para evitar confrontos e abuso de poder - disse o advogado
Mesmo após a conversa, o clima seguiu quente. Cânticos dos torcedores passaram a ser direcionados a opositores de Augusto Melo. Em caso de maioria simples na votação, Augusto Melo pode ser afastado do cargo ainda nesta segunda-feira (2) até a realização de uma assembleia geral, onde os sócios terão direito a voto.
Protestos
São esperados mais de 4.000 torcedores nos arredores do Parque São Jorge. Por isso, a Polícia Militar mobilizou um contingente de 480 policiais, praticamente o dobro da força policial que atua em dias de jogos no estado.
Votação no Corinthians
Caso a maioria simples rejeite o impeachment, Augusto não poderá ser afastado do cargo até que um novo pedido seja elaborado por conselheiros às autoridades do clube alvinegro.
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Entretanto, em caso de aprovação, o cargo de presidente do Corinthians será ocupado temporariamente por Osmas Stabile, primeiro vice-presidente. O próximo passo seria a convocação do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., para uma assembleia geral dos sócios. Após a deliberação, o mandatário interino teria um mês para convocar uma eleição indireta.
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