Possível volta de Pedrinho pode aumentar o leque de variações ofensivas do Corinthians
Atualmente, Timão possui jogadores técnicos mas de pouca velocidade do meio para a frente; retorno do atacante daria à equipe opções de jogadas pelas pontas
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O Corinthians vive uma cenário em que pode ter o retorno do atacante Pedrinho. Revelado pelo clube alvinegro, o jogador está disponível no mercado pelo menos até junho, já que tem vínculo com o Shakhtar Donestk, da Ucrânia, país que está em guerra com a Rússia.
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O jogador desperta o interesse de outras equipes brasileiras e também do exterior, mas prioriza o Timão por conta da identificação e o auxilio que a diretoria corintiana prestou no início do conflito no leste europeu.
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O time do Parque São Jorge, por sua vez, trata a situação com cautela, pois não deseja ter Pedrinho, nem qualquer outro jogador em situação de refúgio, por somente três meses, tempo que a Fifa liberou esses atletas de firmarem um contrato de empréstimo até a abertura de uma nova janela de transferências.
Contudo, a diretoria corintiana admite que se houver possibilidade de firmar um acordo com o Shakhtar até o fim da temporada, tanto na parte financeira, quanto burocrática, o interesse de ter a prata da casa de volta aumentará.
Dentro de campo, um retorno de Pedrinho pode significar a ampliação do leque de jogadas ofensivas. Isso porque hoje o Corinthians tem atletas de características mais centrais do que de linha de fundo na sua linha ofensiva. Em busca de um centroavante, o jogador mais agudo do setor ofensivo, que é o atacante Róger Guedes, tem atuado como último homem da frente, como um 'falso nove', que abre pelas pontas e dá espaço para a chegada por trás de jogadores de meio-campo, como Paulinho e Renato Augusto.
Quando precisa explorar a velocidade nas pontas, o Timão costuma utilizar Gabriel Pereira, que está de malas prontas para deixar o clube alvinegro e fechar com o New York City, dos Estados Unidos, e Gustavo Mosquito, que mesmo sendo jogadores habilidosos não possuem a mesma qualidade técnica dos principais nomes do setor, como Giuliano, Paulinho, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian.
Com uma possível repatriação de Pedrinho, o Corinthians pode ter um refúgio em jogadas de pontas com velocidade, uma maior possibilidade variações táticas em jogos onde precisar mais da transição e menos da bola, com uma qualidade técnica dentro do nível do 'quinteto fantástico'.
Pedinho tem até sexta-feira (11) para definir o seu futuro, está disposto a diminuir o seu padrão salarial para acertar com o Timão, que, por sua vez, precisa somente acertar detalhes burocráticos com o Shakhtar para ter o atacante até o fim desta temporada.
A cria da base corintiana, onde começou a jogar os 15 anos, o atacante foi promovido aos profissionais em 2017, ano em que fez parte do elenco campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, e defendeu o Timão até 2020, com 85 jogos disputados, 12 gols marcados e quatro títulos conquistados: três Paulistas (2017, 2018 e 2019) e um Brasileiro (2017).
Pedrinho foi vendido ao Benfica, de Portugal, por 20 milhões de euros (cerca R$ R$ 105 mi a época), mas não se firmou no time português, tendo feito 31 jogos e marcados apenas um gol. No ano passado, o jogador foi negociado pelos Encarnados com o Shakhtar Donestsk por 16 milhões de euros (R$ 110 mi na cotação do momento). Na equipe ucraniana, o atleta vinha se destacando, com quatro gols e duas assistência em 19 jogos.
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