Tite não abre mão de suas convicções. Nem mesmo se ideias diferentes das dele tiverem sucesso em outras equipes. Segundo o treinador corintiano, isso não depende só de sua vontade, vai além: ele não consegue.
Para se explicar, o comandante alvinegro usou o Atlético Madrid, da Espanha, como exemplo. Segundo Tite, ele não conseguiria adotar modelo de jogo parecido com o dos colchoneros, finalistas da Liga dos Campeões desta temporada - a segunda vez nos últimos três anos.
- É acreditar numa forma de jogar futebol, levar para o nosso dia a dia. Não importa se é moderna ou antiga. Meu time nunca jogaria igual ao Atlético de Madrid. Desse jeito eu nunca estaria numa final de Champions. Minha ideia de futebol não se aproxima do Simeone, não vou conseguir fazer o time jogar com bola longa no pivô e depois vem todo mundo para trás e se defende - comentou o treinador, que ainda completou:
- Há formas e formas de jogar. Se eu quiser treinar de um outro jeito ou ser de outra forma para agradar as pessoas, eu não vou ser eu. Ajusta-se, sim. Modifica-se, sim. Mas modo de pensar não vai sair do meu DNA - justificou, em entrevista coletiva.
Entre os técnicos de sucesso no futebol europeu, a maior inspiração para Tite é Carlo Ancelotti, que a partir do segundo semestre substituirá Pep Guardiola no comando do Bayern de Munique (ALE). O técnico italiano comandou o Real Madrid que derrotou o Atlético de Simeone na final da Liga dos Campeões da temporada 2013-2014.
Nesta mesma entrevista, Tite explicou que as eliminações do Corinthians nas oitavas de final da Libertadores e na semifinal do Paulistão não serão determinantes para a análise dele e eventuais mudanças na equipe.
- Vou continuar com o processo, analisando o conjunto e o desempenho de cada atleta. Vou usar o resultado final juntamente com o desempenho, não como um oportunista do resultado - afirmou.