A fama de Jô de "rei dos clássicos" começou contra o Palmeiras, ainda pelo Paulistão. Foi ali seu primeiro gol contra os rivais em 2017, algo que acabou virando sua marca: foram seis redes balançadas em sete partidas. Também foi contra o Palmeiras o primeiro gol de Jô em clássicos ainda na primeira passagem pelo Corinthians, em 2004. Além disso, o Dérbi também é o clássico que o camisa 7 do Timão menos perdeu pelo clube. Em 2004 ou 2017, como titular ou reserva, não importa a condição, Jô sente algo especial contra o rival.
- Ele sabe o que fazer e está muito confiante. Mais do que os gols, está sendo importante a participação dele. Sempre que há um clássico há também uma expectativa no Jô - admite, em entrevista ao LANCE!, o técnico Fábio Carille.
Nesta quarta-feira, às 21h45, no Allianz Parque, Jô é uma das principais esperanças do Corinthians para ampliar a invencibilidade de 26 jogos e também a vantagem para os rivais na liderança do Brasileirão. Inclusive o Palmeiras.
Pelo Timão, o vice-artilheiro do Brasileiro marcou o primeiro gol em clássicos em agosto de 2004, no Morumbi, contra o Palmeiras. Em quatro partidas na história, ele venceu três e foi derrotado uma única vez - o menor índice entre todos os clássicos, já que perdeu duas vezes do São Paulo e três do Santos em 23 confrontos contra rivais que teve ao longo de 154 jogos em duas passagens.
'Mesmo reserva, o Jô foi quem mais falou no vestiário, foi o cara que mais falou na hora da oração, e acabou sendo premiado com o gol, diz Carille, sobre o camisa 7 na partida do Paulista
Na segunda, aliás, o primeiro passo foi dado justamente contra o Palmeiras, em partida que Jô iniciou no banco de reservas da Arena Corinthians porque até então Kazim vinha em melhor fase. O camisa 7 saiu do banco nos minutos finais porque o titular estava com dores e balançou as redes de Fernando Prass para iniciar a trajetória que o tornou "rei dos clássicos" e protagonista do Corinthians campeão paulista e líder do Brasileirão. Naquele 22 de fevereiro, Jô mostrou porque o Dérbi é um clássico tão especial.
- O Jô tinha perdido a posição para o Kazim e só entrou porque o Kazim sentiu uma contusão nos minutos finais. Mesmo reserva, o Jô foi quem mais falou no vestiário, foi o cara que mais falou na hora da oração, e acabou sendo premiado com o gol. Sabíamos que o começo dele não seria fácil, depende de ritmo, mas ali ele deu uma sequência que está sendo muito importante.
Jô passou em branco no último clássico do Corinthians, que foi contra o São Paulo, pelo Brasileirão, e diminuiu a média de um gol por jogo. A esperança, no entanto, é que a rede do Allianz Parque já foi balançada pelo artilheiro corintiano quando ainda era jogador do Atlético-MG, no Brasileirão de 2015. Coisa de jogador predestinado.