Título não esconde que Corinthians precisa evoluir, e Carille sabe disso
Corinthians foi campeão paulista 'jogando pouco', como admitiu o próprio treinador
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"Em 2017 jogamos muito, em 2018 mais ou menos, e esse ano pouco. Sabemos que pode ser mais. Espero que esse título dê uma casca maior para que a gente comece a jogar melhor e convencer". Foi assim que o técnico Fábio Carille analisou a campanha do Corinthians no Campeonato Paulista. Logo na primeira resposta, o treinador reconheceu que sua equipe precisa evoluir para o restante da temporada. Ele ainda disse que espera dificuldades até a parada para a Copa América no meio do ano, mas depois "tem tudo para melhorar".
O Corinthians conquistou o título com oito vitórias, seis empates e quatro derrotas em toda a competição. Passou nos pênaltis por Ferroviária e Santos e garantiu o troféu com um gol de Vagner Love aos 43 minutos do segundo tempo no clássico contra o São Paulo.
Foram poucos os jogos que o Corinthians teve grande atuação. Carille chegou a valorizar os dois clássicos contra o Santos (empate por 0 a 0 na fase de grupos e vitória por 1 a 0 na ida da semifinal). Teve ainda a vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque. Fora do Paulistão, os dois confrontos com o Racing (ARG) pela Copa Sul-Americana foram enaltecidos pelo treinador.
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Para Carille, uma explicação para a oscilação do Corinthians nestes primeiros meses do ano é a chegada de 23 jogadores. Com Paulistão, Copa do Brasil e Sul-Americana, foram raras as semanas cheias para o técnico trabalhar sua equipe.
- Falando sobre as críticas, não temos que esperar manifestação da torcida ou da imprensa para sabermos que tem que jogar mais. As críticas fazem parte, trabalhamos em cima da dificuldade. Repetindo: esporte coletivo com 23 jogadores novos é algo para acrescentar, sim. Não é desculpa. Com jogadores chegando no meio da competição, jogadores machucando.... Dos grandes, não teve um time que manteve um nível alto o tempo todo como a gente em 2017. O Palmeiras oscilou, o São Paulo começou mal e chegou na final, o Santos fazendo ótimos jogos e outros ruins - analisou Carille.
O treinador considera que "mudou demais" a equipe nos jogos. Ele gosta de ter um esquema tático definido e falou isso logo no início, mas alternou entre o 4-3-3, 4-1-4-1 e o 4-2-3-1.
- Isso que eu tenho feito não sei se é o certo. Ficar mudando demais muitas vezes tira a confiança do jogador. Mas é a maneira que estou tentando encontrar para que isso melhore. Acredito que vamos ter dificuldades até a parada da Copa América. Para mim, a Copa América vai ser muito importante. Depois temos tudo para melhorar muito a questão do conjunto - projetou.
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