Um grupo de torcedores do Corinthians realizou um protesto na portaria do CT Joaquim Grava na manhã deste sábado, logo após o penúltimo treinamento do elenco antes da partida contra o Internacional, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Uma faixa com dizeres ofensivos à diretoria e ao grupo de jogadores foi estendida no local por onde saem os atletas. Um deles, inclusive, foi cobrado pessoalmente, o volante Willians.
O camisa 5 do Corinthians foi abordado pelos torcedores e deixou seu veículo para ouvir as cobranças. Um trecho de um vídeo gravado no momento da conversa está circulando em fóruns de torcedores do Timão nas redes sociais e contém o seguinte diálogo, iniciado com a percepção por parte do torcedor de que o jogador trajava um shorts verde, cor do rival Palmeiras:
Torcedor: "Shorts verde, meu irmão?".
Willians: "Você quer encher meu saco?".
Torcedor: "Vai me agredir?".
Willians: "Não, não vou te agredir, não. Mas o que você quer? Quer me cobrar? Então você me cobra. Cobra aí".
Torcedor: "O futebol está fraco, irmão".
Willians: "Vai se preocupar com a sua casa, irmão. Está todo mundo trabalhando aqui".
Por meio de sua assessoria de imprensa, Willians se posicionou a respeito da confusão com o grupo de torcedores na saída do CT Joquim Grava. O jogador acredita que o objetivo do torcedor que filmou a confusão foi aparecer na mídia e não uma genuína manifestação de interesse nos rumos do Timão.
- Todo jogador de futebol está sujeito a cobrança, mas desde que seja com respeito. E este não foi o caso. Infelizmente, tem muita gente querendo se aproveitar de situações para aparecer, pois são muitos os canais de divulgação e de fácil acesso. Ele veio falar comigo e filmando, como todos viram. Talvez o intuito fosse mais aparecer do que cobrar e pensar no clube - disse.
Não houve registros de outros diálogos entre jogadores e torcedores do Corinthians durante o protesto deste sábado, mas uma faixa estendida no local continha os seguintes dizeres: "Salário de primeira e futebol de segunda", "Safados", "Diretoria omissa" e "Cadê o dinheiro da China?".
O protesto ocorreu no portão de entrada e saída dos jogadores, por isso não pôde ser visto pelos jornalistas, que têm acesso ao CT por outra portaria.