No Corinthians, Tuma entra na Justiça contra candidatura de Andrés
Um dos candidatos da oposição, advogado alega que possível eleição de adversário pode trazer problemas para o Corinthians. Ele se apega à Constituição e ao cargo de Andrés

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Um dos candidatos da oposição no Corinthians, Romeu Tuma Júnior entrou nesta sexta-feira com ação na Justiça pedindo a impugnação da candidatura de Andrés Sanchez, representante da situação. Tuma se apoia em artigo da Constituição e alega que Andrés pode ficar impedido de governar caso ganhe a eleição devido à sua cadeira de deputado federal.
O argumento de Tuma, que é advogado, vem do artigo 54 da Constituição. Segundo o texto, "deputados e senadores não poderão firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes".
Neste caso, o advogado alega que isso se dá pela presença de verba pública na administração do Corinthians atualmente. Cita projetos feitos com lei de incentivo fiscal, como o CT da base, e a situação da Arena Corinthians, pela ligação com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social) e Caixa Econômica Federal, financiadores da obra.
A eleição no Corinthians ocorre neste sábado e está marcada para começar às 9h. O pleito tem sido marcado pela tentativa de inviabilizar candidaturas. Primeiro foi a de Antonio Roque Citadini, por atuar como conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE), e depois Paulo Garcia, por suposta compra de votos. Ambos foram impugnados pela Comissão Eleitoral do clube, mas recorreram na Justiça e conseguiram liminar para disputar a eleição.
No caso da ação de Tuma contra Andrés, as outras alas do clube veem como mínimas as chances de surtir efeito. O candidato vem trabalhando nesse argumento desde a semana passada.
Andrés foi eleito deputado federal em 2014 pelo Partido dos Trabalhadores. Ele havia sido presidente do Corinthians entre 2007 e 2012. Agora, ele já disse que pedirá licença do cargo por pelo menos cinco meses caso vença a eleição. Seu mandato acaba em outubro, quando não descarta concorrer novamente. Ele tem dito que presidir o Corinthians é a prioridade.
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