O Conselho Deliberativo do Corinthians nomeou sete conselheiros e dois associados do clube para integrarem uma nova comissão interna que analisará "supostas irregularidades" nas obras da Arena Corinthians, estádio inaugurado em 2014 e que já recebeu 87 partidas do time profissional. Fazem parte deste grupo duas figuras conhecidas do Timão: Jorge Kalil, eleito vice-presidente em 2015 e atualmente licenciado por divergências com o presidente Roberto de Andrade, e Antônio Roque Citadini, ex-dirigente do clube e que foi candidato opositor de Andrade na última eleição para a presidência do clube.
Além de Kalil e Citadini, formam o colegiado os conselheiros Carlos Antônio Luque, Armando José Terreri Rossi Mendonça, Thales Cezar de Oliveira, Pedro Luis Soares e José Carlos Alves. Além dos sete haverá mais dois associados do clube que são engenheiros e, portanto, especializados em obras: Marcelo José Brandão Machado e Roberto Ferreira de Souza.
A criação da comissão é datada de 19 de janeiro e prevê 60 dias para elaboração de um relatório com as seguintes missões: analisar o trabalho das duas auditorias realizadas na Arena Corinthians, analisar a adequação da construção da Arena com o projeto, analisar os contratos de exploração, verificar o atual estágio de execução, avaliar a compatibilidade dos custos da Arena em relação ao projeto, analisar as alterações contratuais efetivadas e propor estratégias de negociação para o clube junto ao fundo que administra as contas da Arena.
Em nota, o Conselho Deliberativo do Corinthians diz que a decisão foi motivada por conta de "supostas cobranças indevidas realizadas pela Odebrecht", "supostas irregularidades no término da obra", "suposta irregularidade para antecipar incentivos" e "suposta ocorrência de superfaturamento".