Vítor Pereira aponta que time com Guedes e Yuri trará problemas defensivos ao Corinthians
Treinador corintiano assumiu responsabilidade por escolha, mas indicou que dificilmente dupla atuará junta: 'Claramente não dá'
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A derrota do Corinthians por 2 a 0 para o Atlético-GO, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (27), indicou ao técnico Vítor Pereira dificuldades na escalação do ataque corintiano com Róger Guedes e Yuri Alberto.
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O ‘ataque de milhões’, que empolgou a Fiel com a dinâmica apresentada há uma semana, na vitória do Timão sobre o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro, tem os seus custos na parte defensiva.
Para VP, uma escalação com os dois atletas, como ocorreu diante do Dragão, compromete a recomposição defensiva da equipe.
– Muitas dificuldades em defender os jogadores atrás. Na opção por jogar com Róger e Yuri foi minha, então preciso assumir a responsabilidade, mas já mostra que não conseguiremos defender bem os corredores dessa forma, então, para mim, claramente não dá. Eles criaram muitos problemas, situações de dois contra um. Defendemos mal – destacou o treinador corintiano na entrevista coletiva após o revés.
Logo no intervalo da partida Róger Gudes foi substituído para a entrada de Adson. Yuri Alberto, por sua vez, jogou os 90 minutos.
Vítor também apontou problemas na compactação do meio-campo, onde também fez mudanças antes do início do segundo tempo, com a entrada de Giuliano no lugar de Du Queiroz. No decorrer da etapa final o técnico também sacou Cantillo para promover a estreia de Fausto Vera, anunciado na véspera do jogo contra o Atlético-GO.
– No meio, chegamos atrasados em quase todos os lances, não estávamos compacto. Essa equipe já no primeiro jogo que estivemos aqui já sentimos que tinham extremos muito rápidos, que criam problemas no espaço, e hoje não conseguimos evitar esse lançamento no espaço e não conseguimos evitar o dois contra um nos corredores atrás. Levamos gols exatamente iguais do gol do (Atlético) Mineiro, em que alertamos para isso, pé contrário, gol para dentro para chutar, e levamos dois gols dessa forma. Temos que assumir que quando perdemos, perdemos todos, perdemos juntos, e melhorar o nosso comportamento já no próximo jogo para fazer diferente – disse VP na coletiva.
Pereira foi só críticas ao desempenho corintiano diante do rubro-negro goiano, principalmente na entrega. Para o treinador, a vitória de virada sobre o Atlético-MG, no último domingo (24), pelo Brasileirão, fez mal à postura do time contra o Atlético-GO três dias depois.
– A explicação desse jogo é muito simples: vi uma equipe lutar em todos os duelos, jogar com a fa na faca boca, dividir todas os lances. A vitória contra o Mineiro nos fez mal, porque não lutamos por todas as bolas, chegamos sempre atrasados, eles foram sempre mais forte, mais rápidos sobre a bola. Nós, agora, no segundo jogo, em casa, temos que jogar exatamente com a determinação que eles jogaram aqui, com a faca na boca, a meter o pé. Em ver de nos queixarmos deles serem agressivos, temos que ser agressivos, como eles foram. Temos que ser agressivo em cada bola, disputar cada bola como se fosse a última. Temos que jogar com fome. A única forma de dar a volta é ir com vontade – falou Vítor.
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RETORNOS
Aos poucos, o departamento médico do Corinthians, que chegou a ter 10 jogadores ao mesmo tempo vai se esvaziando. Recentemente, nomes como Fagner, Maycon e Willian retornaram. Ainda assim, Vítor Pereira entende que esses atletas demorarão um certo tempo para se adaptarem novamente.
– Se eu conseguisse pegar esses jogadores todos, misturar, colocar pra jogar e eles começassem a jogar, mas futebol não é assim. Como não temos treinado, acontece que é colocar no jogo e tentar que as dinâmicas comecem a surgir. Mas os jogadores que estavam em lesão, não estão no nível que estavam anteriormente, podem até ter feito um ou outro bom jogo, mas estão com fadiga e não estão no mesmo nível. E não é só misturar, chegou Balbuena e mistura, Vera mistura, Yuri mistura, não é assim. Praticamente não treinamento com os que jogam e depois é ritmo – destacou Vítor Pereira.
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