Vítor Pereira, do Corinthians, desabafa sobre rotina no Brasil: ‘Não tenho vida’
Apesar das dificuldades, treinador do Timão disse que a experiência no futebol brasileiro têm sido enriquecedora
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Há poucos dias atrás, Vítor Pereira completou seis meses sob o comando técnico do Corinthians. Mesmo com um semestre morando no Brasil, o treinador ainda não teve tempo para conhecer e vivenciar a cultura do país.
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Após concluir sua palestra no Brasil Expo Futebol, evento promovido pela CBF, em São Paulo, o treinador português atendeu a imprensa e desabafou sobre a desgastante rotina no futebol brasileiro.
- Eu tenho que confessar uma coisa. Já estive em vários países, esse é o primeiro país que praticamente não tenho vida, não tenho tempo para viver. Vou uma vez ou outra ao restaurante, natural, tenho que jantar. Mas não tenho tido praticamente tempo para conhecer o Brasil. Viagens, mais viagens, mais viagens - ponderou VP.
Apesar das dificuldades, Vítor se mostrou contente com os desafios que vem encontrando em terras tupiniquins.
- Uma experiência fantástica no sentido de que é um desafio enorme não poder treinar na maior parte do tempo, é um desafio enorme ter equipes que nos colocam problemas diversificados. Jogamos hoje com o Flamengo, depois com o Palmeiras, que é completamente diferente, apanhamos o Fluminense, completamente diferentes, isso também nos faz crescer. É uma experiência difícil, mas enriquecedora. Uma experiência que tem me feito evoluir como treinador - destacou o lusitano.
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Com a distância entre sua família sendo o fator determinante na sua renovação ou não com o Timão, Vítor enfatizou que o problema não é o futebol brasileiro.
- Não tem nada a ver com as dificuldades do futebol brasileiro, problemas tem em todo lado. Na China também teve problemas e eu estive três anos na China, muito mais longe da minha família do que agora - afirmou.
Para Vítor, o futebol brasileiro só alcançará patamares mais altos caso seja melhor estruturado.
- Há muita coisa no futebol brasileiro, do meu ponto de vista, que poderia levá-lo para um patamar mais alto. Um calendário menos apertado permitiria uma dinâmica e uma qualidade de jogo maior. A qualidade dos gramados deveria ser regulamentada, a altura da grama, a rega e a qualidade do gramado. E tem a ver com os projetos. O que é? Projeto é uma coisa que tem começo, meio e fim -concluiu Vítor Pereira.
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