Volante, meia ou ponta? Veja como Ramiro pode jogar no Corinthians
Ramiro atuou no Grêmio em diversas posições: terminou praticamente como um ponta direita, mas era volante e chegou até a ser improvisado na lateral
Até agora o principal reforço do Corinthians para a próxima temporada, Ramiro se destacou pelo Grêmio atuando em diversas posições. Iniciou como volante, foi adiantado, deslocado para fazer quase a função de um ponta e até improvisado na lateral.
Ramiro terminou sua passagem pelo Grêmio na função pelo lado direito ofensivo. Não como um ponta, já que ajudava bastante na marcação com os volantes e o lateral-direito.
No Corinthians, o técnico Fábio Carille conhecerá melhor o jogador a partir do dia 3 de janeiro, na reapresentação do elenco para 2019. Enquanto os treinos não recomeçam, o LANCE! traz duas análises sobre como Ramiro poderá ser utilizado no Timão.
Veja a análise de Luciano Coimbra, produtor da Rádio Grenal de Porto Alegre:
"Aqui no Grêmio, ultimamente o Ramiro vinha jogando pelo lado direito. Não chega a ser bem um ponta, porque fazia a função de recomposição e fechava muito o meio de campo com o Maicon e Jailson, ajudava na marcação pelo lado com o Léo Moura. é um jogador que pode ser muito útil ao Carille, independentemente do esquema que o treinador resolva utilizar no Corinthians. Ele tem possibilidade de ser um primeiro volante, porque tem poder de marcação. Tem possibilidade de ser segundo volante por qualquer um dos lados, mesmo que o lado preferencial seja o direito, onde ele atua melhor, mas já fez o lado esquerdo em 2015 no Grêmio com o técnico Roger Machado. Tem possibilidade de ser um terceiro homem de meio de campo, numa composição com três volantes, porque tem qualidade no passe. Em uma eventual necessidade, também pode fazer a função de lateral-direito".
Veja a análise de Renata de Medeiros, repórter da Rádio Gaúcha:
"Ramiro deve o auge da sua carreira a Renato Portaluppi: o técnico apostou nele quando ninguém acreditava que o jogador poderia ser solução. No meio da temporada de 2016, o Grêmio sofreu duas perdas significativas para um time que sonhava com o título da Copa do Brasil. A primeira foi a venda de Giuliano ao Zenit, da Rússia. A segunda foi consequência: sem opções para o setor, Roger Machado amargurou maus desempenhos e se demitiu em setembro. Portaluppi pegou um Grêmio desencaixado e elegeu Ramiro para ocupar a vaga de Giuliano, mesmo que o volante não estivesse acostumado a jogar mais adiantado, pela direita. Mas o treinador, ídolo gremista, bancou a mudança e deu certo. Ramiro, que normalmente era utilizado à frente da zaga, conferiu segurança e compactação àquele Grêmio que terminou o ano com o título desejado. Além disso, com plena confiança do treinador, atuou em outras funções do meio de campo e até na lateral-direita conforme a necessidade. É um meia versátil, que tem como característica a forte marcação e a intensidade. Aqui no Grêmio, ganhou a torcida pela garra e determinação em campo, assumindo o espírito que cativa muito os gremistas. É uma boa peça para mudar o estilo de jogo do time apenas alterando seu posicionamento".