Corinthians volta a ter o pior aproveitamento entre os clubes de Série A na temporada
Antes da pausa, Timão já havia registrado esse status negativo, que voltou a acontecer após a derrota no Brasileirão por 1 a 0 para o Sport, que deixou a lanterna que ocupava
O Corinthians sofreu uma nova derrota no Brasileirão e comprovou que sua oscilação é a marca do time nesta temporada. E esse resultado negativo foi determinante para que o clube voltasse a registrar uma marca ruim: a de equipe com o pior aproveitamento entre os clubes de Série A em 2020, algo que o Alvinegro havia se livrado após boa sequência no retorno da pausa.
Até aqui o Timão disputou 29 jogos oficiais neste ano e o retrospecto é mais uma amostra de que a oscilação no desempenho em campo também é refletida nos números. São dez vitórias, dez empates e nove derrotas, o que resulta em um aproveitamento de 45,98% dos pontos disputados, ou seja, a equipe não consegue conquistar nem metade dos pontos que disputa.
Esse índice deixa o Corinthians na última posição no ranking que engloba os aproveitamentos dos clubes da Série A em jogos oficiais em 2020, atrás inclusive do Sport, que bateu o próprio Corinthians na última quarta-feira, pelo Brasileirão. A equipe pernambucana, que fez um péssimo estadual, jogou 34 vezes na temporada, com 12 vitórias, 12 empates e 10 derrotas, resultando em 47,06% de aproveitamento e na transferência da lanterna da lista para o Timão.
Se isso parece ruim, vale lembrar que o retrospecto antes da paralisação por conta da pandemia de coronavírus era ainda pior, já que o aproveitamento não chegava a 40%. No entanto, há um ponto em comum entre os dois momentos: naquela época o Alvinegro também ocupava a lanterna do ranking. Até 15 de março, foram 12 jogos oficiais, três vitórias, cinco empates e quatro derrotas, o que significa míseros 38,89% de aproveitamento dos pontos disputados.
Houve uma melhora nos resultados, como é possível notar na comparação entre os dois momentos. mas as outras equipes que brigam nessa parte de baixo desse hipotético ranking também melhoraram. Nesse período pós-pausa são 17 jogos oficiais do Corinthians, com sete vitórias, cinco empates e cinco derrotas: 50,98% de aproveitamento. Retrospecto "turbinado" pelos quatro triunfos em sequência logo na volta da paralisação, algo que não foi repetido.
Sem contar aquela série de vitórias (Palmeiras, Oeste, Red Bull Bragantino e Mirassol), que foi uma baita exceção na temporada, o aproveitamento cairia para 35,90% no período, ainda pior do que aquele registrado antes da pausa. De lá para cá, o clube demitiu Tiago Nunes (47,44%) e colocou o interino Dyego Coelho, do sub-20 para assumir a função. Em três partidas do atual comandante, são duas derrotas e uma vitória, com 33,3% de aproveitamento.
No Brasileirão, o retrospecto corintiano é de três vitórias, três empates e cinco derrotas em 11 jogos, o que resulta em um aproveitamento de 36,4%, pior do que o de antes e o de depois da pausa, e pior do que o atual geral.
Se seguir com esse índice até o término do campeonato, terá uma pontuação entre 41 e 42 pontos, o que coloca o time lutando contra o rebaixamento, já que a média histórica para se livrar, desde a edição de 2006, é de, no mínimo, 43 pontos, o que resultaria em mais ou menos 37,7% de aproveitamento.
Ainda é cedo, mas a oscilação do Corinthians ao longo do ano e o aproveitamento baixo em diferentes momentos e competições, indicam que é preciso começar a olhar mais para baixo do que para cima na tabela do Brasileirão, caso o time não apresente uma evolução e embale no campeonato.
Confira o ranking de aproveitamentos entre os clubes de Série A em 2020:
1) Flamengo - 75,49%
2) Atlético-MG - 68,97%
3) Ceará - 64,86%
4) Palmeiras - 64,44%
5) Internacional - 62,63%
6) Fortaleza - 61,29%
7) Grêmio - 59,14%
8) Athletico-PR - 58,33%
9) Atlético-GO - 57,69%
10) Bahia - 54,39%
11) Coritiba - 54,02%
12) São Paulo - 53,09%
13) Fluminense - 52,38%
14) Vasco - 50,57%
15) Santos - 50%
16) Goiás - 50%
17) Botafogo - 47,62%
18) Red Bull Bragantino - 47,44%
19) Sport - 47,06%
20) Corinthians - 45,98%