Em exclusiva para o L!, Newton Drummond fala sobre postura do Coritiba no mercado
Ideia da atual gestão é de angariar reforços e manter o atual plantel sem deixar de considerar fatores 'que fogem a alçada do clube'
Como dose de larga experiência no mundo do futebol em diversos clubes relevantes do cenário nacional como Internacional, Vitória, Vasco e Chapecoense, a atual gestão do Coritiba trouxe para ser diretor de futebol do clube Newton Drummond.
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Apesar de engenheiro de formação, Newton contou, em entrevista exclusiva concedida ao LANCE!, que a presença do futebol sempre foi algo latente em sua vida. Somente com o nascimento de seu primeiro filho, próximo ao início dos anos 90, é que o seu ritmo competitivo foi interrompido. Porém, mal sabia ele que, alguns anos depois, o esporte "cobraria" sua contribuição em outras área para iniciar sua trajetória ligada ao Inter.
Ao longo das duas passagens no Colorado, ele foi multicampeão em instância estadual (sete títulos do Gauchão) além de taças como Libertadores, Copa Sul-Americana, Recopa e Mundial de Clubes:
- Eu sempre fui ligado ao futebol. Joguei na infância, adolescência e só parei de jogar futebol em nível competitivo quando minha mulher ficou grávida do nosso primeiro filho, o que aconteceu em 1989. Ali eu parei de disputar campeonatos, mas o mundo do futebol sempre fez parte da minha vida. E, em 1995, eu fui convidado para fazer parte de um grupo que iria gerir a categoria de base do Internacional e eu fui trabalhar de maneira voluntária, sem remuneração, era um diretor estatutário. Ali, sem dúvida, o entendimento do funcionamento ficou muito maior em relação aos clubes de futebol e, em 2002, fui convidado para ser diretor remunerado onde fiz a opção de deixar a engenharia e atuar somente no futebol. Sabendo que, em algum momento, teria de definir que esse caminho seria sem volta ou retrocederia e voltava a ser engenheiro. Então, eu dei um prazo de dois anos para saber se iria continuar ou não como diretor de futebol e acabei tendo esta continuidade.
Confira outras respostas de Newton Drummond
Desafio de trabalhar na Chapecoense pós-tragédia
Existiu o impacto emocional e financeiro, mas, quando eu trabalhei na Chapecoense em 2019, ele não foi tão grande no sentido de se fazer futebol, de se tocar o futebol. A tragédia sempre está presente, evidente que sim, pois foi um fato que atingiu toda a comunidade e vai ser sempre lembrado, sem dúvida nenhuma. Mas não era algo que trouxesse uma dificuldade que se fizesse presente no dia a dia. O desafio foi de se fazer futebol igual a todos os outros. Os efeitos emocionais em relação a tragédia, principalmente emocionais, estarão sempre presentes, mas não tem um impacto sobre o trabalho a ser desenvolvido.
Início das conversas para ser contratado pelo Coritiba
A chegada ao Coritiba se deu através de um convite. Eu fui convidado por uma pessoa que faz parte do Conselho Gestor do Coritiba, já foi presidente do Coritiba. Eu fiz entrevistas com esse Conselho Gestor e, depois dessas entrevistas, o pessoal entendeu que eu era a pessoa balizada pra trablhar no Coritiba. A minha vinda pra cá aconteceu desta forma. Fui convidado e fiz a entrevista com as pessoas que tem a responsabilidade de fazer a gestão onde nos acertamos na questão técnica, que é fundamental no projeto, dentro do planejamento. E, evidentemente, na questão financeira também.
Postura da diretoria do Coxa no mercado de transferências
Esse contato entre a área diretiva com a comissão técnica é diário. Sempre quando há uma saída ou a necessidade de um jogador para completar o plantel, isso está sempre sendo discutindo, sempre estamos conversando. Não há uma definição estanque, ou seja, que não vamos contratar ninguém ou não vamos deixar ninguém sair. O futebol é muito dinâmico, as coisas acontecem da noite pro dia. Daqui a pouco, aparece alguém interessado em levar um jogador do Coritiba e a gente precisa avaliar, ver se isso é interessante para o Coritiba e se isso vai influenciar no grupo. O objetivo, claro, é ascender a Série A. Então, sempre que houver a possibilidade de trazer uma peça ou manter uma peça junto conosco pra manter vivo esse objetivo de se classificar para a Série A, nós vamos fazer. Mas existem algumas circunstâncias que fogem a alçada do clube no sentido de segurar o jogador por uma questão contratual, oferta financeira considerável. Então, isso tudo tem que se colocar na balança e se pesar. Mas a ideia é reforçar o grupo e manter o grupo para que a gente suba à Série A.