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Ao relembrarem Brasileirão de 1985, ex-jogadores do Coritiba exaltam conquista

Primeira taça à nível nacional de um clube paranaense será revivida pela RPC, afiliada da Rede Globo, neste domingo (31)

Coritiba campeão do Campeonato Brasileiro de 1985
Foto: Divulgação/Coritiba

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Integrantes de uma marcante conquista para o Coritiba como o Campeonato Brasileiro de 1985, nomes como o na época goleiro Rafael, os laterais Dida e André, os meio-campistas Almir e Vavá além do atacante Índio deram bonitos testemunhos para o jornal Tribuna PR relembrando as suas impressões e sensações da conquista nacional.

O grande "gancho" para esse momento de nostalgia é a oportunidade que torcedores mais novos do Coxa terão neste domingo (31). Isso porque, às 16h (horário de Brasília), a RPC (afiliada da Rede Globo no Paraná) reprisará, na íntegra, a conquista do Verdão do Alto da Glória obtida em pleno Estádio do Maracanã diante do Bangu.

Naquele ano, o Coritiba avançou para a Segunda Fase após ficar em primeiro no returno do campeonato que teve a separação de 44 clubes com duas chaves tendo 10 clubes e as outras duas contendo 12 equipes. O time dirigido pelo histórico treinador Ênio Andrade dividiu chave na primeira parte da competição com América-RJ, Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Guarani, Fluminense, Grêmio, Palmeiras e Santa Cruz.

Depois disso, o clube paranaense também avançou em primeiro na chave com Sport, Joinville e Corinthians para, na semi, deixar para trás o Atlético-MG antes da finalíssima contra o tradicional time carioca do bairro homônimo.

Veja abaixo partes importantes dos depoimentos

Rafael

- Na minha carreira foi o suprassumo, chegamos ao topo do campeonato brasileiro, coisa que grandes clubes não conseguiram até hoje. E chegamos em uma época que só tinha times feras. Hoje, em comparação com 1985, pegando os outros adversários é uma “teta”. Se você ver a escalação dos outros times daquela época, Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, se você verem, eram todos selecionáveis. E nós conseguimos chegar ao topo. Até hoje, toda vez que eu vou para Curitiba sou muito bem recebido. Me param na rua, batem foto, me pagam café, vamos comer um pastel. Isso vai ser eterno.

Dida

- Ter sido campeão brasileiro foi sem dúvida nenhuma o título mais importante que eu tenho no meu currículo, nós estamos falando há quase 35 anos sobre isso. Eu joguei em vários outros clubes e só conquistei esse título uma vez, por isso a importância é maior ainda. No Brasil eu não sou lembrado por jogar no Corinthians e no Palmeiras. Sou lembrado por ter sido campeão brasileiro pelo Coritiba. Foi muito legal fazer parte disso, foi o meu primeiro campeonato, era tudo novidade, foi muito intenso. Não tem como esquecer.

André

- Esse título é inédito na história do Coritiba, ele é muito grande e histórico. É muito difícil você ser campeão de um país de dimensões continentais. O mapa do futebol brasileiro era Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A gente fez com que esse mapa se estendesse. Tem que fazer reverência aos 25 jogadores que fizeram parte daquele elenco. Onde a gente vai somos lembrados por ele. Eu sinto um orgulho tão grande toda vez que eu vejo um torcedor com a camisa do Coritiba e sobre o distintivo tem uma estrela que eu tive uma participação. De 29 jogos, eu joguei 26. Eu sou o terceiro que mais jogou e o segundo que mais ajudou matematicamente falando. De 31 pontos, eu ajudei a conquistar 28. É um feito fantástico.

Almir

- Foi muito importante na minha carreira, eu algumas vezes tinha chegado perto do título. Pelo Coritiba chegamos em terceiro e em quarto colocado, em 1980 e em 1979. Depois no São Paulo eu fui vice. Então, voltando ao Coritiba e prestes a encerrar a minha carreira, eu tinha esse propósito. Fui feliz e acabei sendo premiado com esse campeonato. Para mim é de grande relevância. Eu sou sempre lembrado pela torcida, pelo pessoal da imprensa, quando vou para Curitiba. É muito gratificante.

Vavá

- Eu sou natural de Guaratuba e sempre ia nos jogos com o meu pai e torcia só para o Coritiba. Entrei na categoria infantil e em 1980 comecei a treinar no profissional. Em 1985 passamos por bons e maus momentos, mas chegamos na final contra o Bangu. Eu estava no banco, entrei na prorrogação e fui bater os pênaltis. Conseguimos o título muito difícil, fora de Curitiba, demos a volta olímpica no Maracanã, isso foi muito bom para nós principalmente que éramos da casa. Eu, o André, o Gil, o Eliseu, o Gerson. Ficamos marcados, um título inédito. Foi um presente para o meu pai. Até me dá um negócio de falar.

Índio

- A importância do título é imensa, tanto para mim como para a torcida do Coritiba. Lutamos para isso, batalhamos, eu e os demais jogadores, os 25 daquele elenco participaram e todos têm a mesma glória. Ficamos marcados na história do Coritiba. Ele foi muito importante na minha vida pessoal também. Hoje eu moro no Rio de Janeiro, mas onde eu sou mais reconhecido é em Curitiba. Quando eu chego aí é uma felicidade muito grande sentir a alegria dos torcedores. Está guardado na memória até hoje.

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