Técnico do Coritiba, Thiago Kosloski destaca sentimento após vitória sobre Athletico-PR: ‘Alívio’

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Após a grande vitória do Coritiba sobre o Athletico-PR, Thiago Kosloski, comandante do Coxa, exaltou a atitude de seu elenco. Em coletiva de imprensa, o treinador também destacou o sentimento de alívio pelos três pontos conquistados na luta contra o rebaixamento no Brasileirão.

- Do ponto de vista da moral, é uma vitória contra nosso maior rival que nos dá moral. É uma vitória da certeza de algumas coisas que a gente vem trabalhando, é a vitória do alívio. A gente vinha em uma sequência de derrotas. Logicamente que a gente fica feliz para caramba por ter vencido o clássico, mas mais importante são os três pontos que faz com que a gente chegue nos 17 pontos. Você entra na semana sem aquele peso nas costas e agora é trabalhar, recuperar os atletas, ver o Atlético-MG, estudar a melhor formação e trazer os pontos que nos interessam.

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O técnico também fez questão de elogiar o papel do torcedor presente no Couto Pereira apesar da complicada situação do time na competição. Kosloski disse que seus jogadores conseguiram entender o que é jogar com a camisa do Coritiba e souberam assimilar a pressão que vinha de fora.

- Eu acho que é manter o comportamento. Os atletas foram muito merecedores do resultado. Os atletas souberam assimilar a pressão. Sabíamos que o estádio seria quente, que nossa torcida está magoada e com razão. Em nenhum momento o torcedor abandonou a torcida. Uma hora a paciência se esgota, ele sobra de uma forma mais forte, mas eles também apoiam. A gente só tem a agradecer pelo apoio, esse apoio nos fez ganhar e espero que seja assim nos próximos jogos. Manter essa atitude, o nível de concentração lá em cima e essa vontade e essa garra.

Com o triunfo, o Coxa chegou aos 17 pontos e conseguiu uma vitória após oito partidas sem saber o que era conquistar três pontos. No entanto, o clube segue na lanterna do Campeonato Brasileiro e enfrenta o Atlético-MG no próximo domingo (8).

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PREPARAÇÃO

- Quando você vem de uma sequência de resultados em que a coisa não acontece, isso gera uma frustração muito grande. Não nos últimos jogos, pois não merecíamos ganhar e não fizemos por onde, mas em outros sim. A preparação foi muito em cima do Athletico. Nossa dúvida era com quem começar na lateral direita. No primeiro tempo, conseguimos fazer os gols. O Athletico chegou esporadicamente com algumas bolas nas diagonais, principalmente quando o Fernandinho vem arrumar. Ele tem essa condição de bola atrás da linha da defesa muito boa e cobramos que ele não poderia dar as cartas do jogo. A estratégia deu certo e ficamos felizes.

ADVERSÁRIO

- O maior acerto foi entender como nosso adversário joga e o comportamento que ele teria aqui dentro. Nós nos preparamos para duas situações que o Athletico poderia fazer aqui. Entendemos a escalação rapidamente e também as trocas. O maior mérito dos atletas foi entender o jogo e colocar essa vontade acima de tudo. Muitos que não conheciam o Coritiba, hoje tiveram o prazer de saber como é jogar no Coritiba.

JOGADORES EXPERIENTES

- O Slimani é um matador, fez muitos gols por onde passou. É um cara que merece respeito, tem muito entendimento no posicionamento na área e é um jogador que se entrega bastante. Quando ele chega, ele vem de um período inativo e até retomar a forma física leva um tempo. É o mesmo caso do Samaris e do Jesé. O Samaris contribuiu fora de campo, dando orientações, tendo uma leitura um pouco diferente e passando para a gente. São vencedores na Europa e que contribuem com os jovens.

DIVISOR DE ÁGUAS

- Pode ser um divisor de águas. Achamos uma maneira de jogar bem legal. Vão existir variações dependendo do adversário. Temos um jogo muito difícil contra o Atlético-MG em Minas, mas é um alívio, pois vínhamos em uma sequência dura de derrotas. Hoje, eles tiveram o comportamento de jogos anteriores, mas a vitória veio. Espero que a gente mantenha esse nível de concentração e organização. Nosso planejamento é jogo a jogo.

TORCIDA

- Eles foram nosso 12º jogador. Sempre falo para os atletas que nós tínhamos a obrigação de representar mais de um milhão de pessoas. Vimos que o estádio estaria quente, que o torcedor iria apoiar. Disse para os jogadores que a torcida ia reagir com o comportamento do time em campo. A torcida foi muito importante. Conseguíamos arrancar força para tirar o time de trás e dar uma respirada. Dedicar essa vitória a eles.

SENTIMENTO

- Depois que você tem uma vitória como essa, o primeiro sentimento que você tem é de alívio, mas tem uma alegria muito grande. Eu já me emocionei nos Athletibas da base e nunca perdi para o Athletico. Acho que é meu sexto Athletiba. Isso é algo que levo comigo. Foi o meu primeiro no time profissional. Onde meu pai estiver, ele está aplaudindo e torcendo. Eu sempre olhava para o lugar onde a gente assistia ao jogo aqui no Couto. O momento é difícil, nosso torcedor está triste, assim como nós, mas tenho certeza que o Coritiba será um case de sucesso em todos os aspectos. O começo do projeto é difícil, mas o futuro será brilhante pelas pessoas que estão envolvidas.

ERROS INDIVIDUAIS

- Tivemos muitas derrotas por erros individuais, que fogem da situação tática, pois você está bem posicionado, mas acontece o erro e o adversário faz o gol. Eu sempre falo de equilíbrio. Desde o returno, nós fizemos gols em todos os jogos. O problema era defensivo. O Henrique entende o clássico. E tivemos uma postura muito boa contra um ataque muito bom.

COMPORTAMENTO

- Semana de clássico é uma semana diferente. Jogar contra o seu maior rival já muda o contexto. Mas quando eu falo da atitude, os jogadores têm que entender o que é jogar no Coritiba. O Coritiba nunca foi uma equipe de toques refinados, mas sempre foi uma equipe de luta, de garra. Isso sim é o Coritiba e assim que nossa história foi escrita. Eles têm que entender que o clube é assim. Em alguns momentos, nós perdemos isso. Tentamos jogar de uma forma diferente do que é o Coritiba. Hoje, a situação tinha que mudar e espero que esse comportamento seja mantido.

MANUTENÇÃO DO TRABALHO

- É manter aquilo que a gente vem fazendo. E nossa diretoria nos dá suporte. Em qualquer situação normal, eu não estaria falando com vocês aqui hoje, pois o Brasil é um triturador de treinadores. Você pegar um trabalho no meio do caminho é muito difícil você impor seu modelo, sua forma de jogar. Esse suporte foi muito importante para a gente. Para mim, minha comissão, mas também para os jogadores. Quando você tem uma sequência, as coisas começam a mudar.

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