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Campanha “Eu sou Cabulosa” traz reflexões nas celebrações do Dia Internacional da Mulher

A Raposa elaborou a campanha com uma equipe composta apenas por moças na constante luta contra desigualdades e violências contra a mulher

O Cruzeiro tem feito ações com viés social e usará o mote do seu time feminino para conscientizar a importância da mulher no esporte
imagem camera(Divulgação/Cruzeiro)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 08/03/2021
15:54

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No dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, período em que elas são lembradas e homenageadas. E neste ano, o Cruzeiro criou a campanha “Eu Sou Cabulosa”, idealizada por uma equipe composta apenas por mulheres, com o objetivo de reforçar o empoderamento feminino, dando cada vez mais voz às mulheres e valorizando a pluralidade.

E uma das propostas é refletir sobre a importância histórica da data, que marca as primeiras manifestações na luta pela equidade de gêneros e da ampliação dos direitos femininos. A data nos lembra também que ainda há um longo caminho a ser percorrido.

-Esse dia é muito especial pois vem para lembrar de todas as guerras que nós mulheres enfrentamos. Seja no esporte, no trabalho, em casa. A verdade é que as mulheres vivem batalhas em todos os lugares e em todos os dias, lutamos pela igualdade, pelo respeito e pelo reconhecimento-afirmou Carol Aquino, goleira cruzeirense.

Oficializado pela Organização das Nações Unidas - ONU em 1975, o Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20, quando a Primeira Guerra Mundial e a necessidade de manter a produção industrial levou as mulheres ao mercado de trabalho, em condições precárias.

Os registros das primeiras manifestações começam a partir de 1909, em países como Dinamarca, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido, pelo direito ao voto feminino. Em 25 de março de 1911 ocorre um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, que matou 125 mulheres, a maioria imigrantes judias e italianas. A tragédia fez com que o movimento crescesse ainda mais, em defesa de condições dignas de trabalho.

No Brasil, em 1917 acontece a primeira passeata das sufragistas no Rio de Janeiro, pela equidade entre os gêneros e ampliação dos direitos das mulheres, como o voto. Apenas em 1932 as mulheres puderam votar, mesmo assim, apenas as casadas, desde que os maridos autorizassem. Viúvas e solteiras, somente se tivessem renda própria.

Em 1945 o voto passou a ser obrigatório para todos os cidadãos alfabetizados, o que deixou de fora muitas mulheres negras. Somente em 1985 a emenda constitucional amplia o direito de voto aos analfabetos brasileiros.

Em pleno 2021 as mulheres no Brasil ainda vivenciam muitas situações de desigualdade, sem representatividade proporcional na política, ocupando menos de 15% dos cargos políticos no país, e agressões e crimes de feminicídio cada vez mais frequentes. Outros desafios são a equiparação salarial, e, no contexto das organizações, as mulheres tendo a chance de ocupar cada vez mais cargos de direção.

No esporte, as mulheres também vivenciam uma história de luta por seu espaço. O futebol feminino era inacreditavelmente proibido para as mulheres até 1979. E somente a partir de 1983 é que a prática foi regulamentada.

-Essa data é muito importante para reflexões. Quanto tempo mais será preciso para que nós mulheres tenhamos oportunidades iguais? Espero que o nosso trabalho no futebol feminino permita fazer com que as pessoas entendam que não cabe mais o preconceito, que todo lugar é lugar de mulher, não existe lugar somente para homens. Que possamos juntos, fazer com que a sociedade seja cada dia melhor para todos, sem exceção- lembrou Bárbara Fonseca, coordenadora do futebol feminino do Cruzeiro.

Em 2021 a meta do Cruzeiro é dar ainda mais espaço para as mulheres que compõem essa grande comunidade cinco estrelas, formada por atletas, colaboradoras, torcedoras, lojistas. Ao longo do mês de março várias ações serão realizadas pela Raposa, incluindo a divulgação de projetos que darão continuidade a essa pauta, que integra o Comitê da Diversidade e Inclusão, criado pelo Cruzeiro no ano passado.

Cabulosa, adjetivo informal do Cruzeirismo, do jeito de ser Cruzeiro. Mulher forte, autêntica. Mulher Cruzeirense. A proposta é gerar um debate sobre o que é ser Cabulosa, propor para as mulheres esta reflexão, afinal, cada uma, à sua maneira, constrói o seu mundo.

-Estamos sempre pensando em como o Cruzeiro pode se conectar mais com suas torcedoras, como conseguir dar voz e valorizar suas atletas, colaboradoras, patrocinadoras, fornecedoras e lojistas. Afinal temos mulheres atuando em todo o ecossistema do Clube. E nesta campanha, “Eu Sou Cabulosa”, que ressignifica este termo, tivemos apenas colaboradoras envolvidas. É um movimento coletivo. Estamos falando de mais mulheres jogando futebol, apitando, liderando, mais mulheres ocupando os espaços que elas quiserem- afirmou Luiza Guimarães, Head de Marketing do Cruzeiro.

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