Quando ainda era dirigente do Ipatinga, clube do interior de Minas, o atual vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, já despertava opiniões divergentes sobre a sua figura e sobre os seus métodos.
As boas relações de Itair com a família Perrela e mais recentemente com a atual cúpula do clube, incluindo o presidente Wagner Pires de Sá, colocaram Itair no caminho celeste novamente. Wagner convidou o dirigente para ser seu vice-presidente de futebol e uma nova polêmica se iniciou dentro da Raposa, pois Itair não era unanimidade para ter um cargo de tanto destaque no Cruzeiro.
Aparentemente, o desejo se não ter Itair nos quadros do Cruzeiro por parte dos conselheiros do clube ganhou força. Um documento assinado por seis conselheiros pede o afastamento imediato de Itair Machado da vice-presidência de futebol do clube.
O pedido de retirada de Itair é por ele ser réu em processos trabalhistas, penais e cíveis. Esses imbróglio jurídicos feriram o artigo 30 do Estatuto Social do Cruzeiro, que prevê punição do associado do clube com expulsão por denegrir a imagem do clube e colocar a reputação da entidade em risco com ações pessoais danosas à instituição.
Itair Machado é acusado na justiça mineira por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, quando era presidente do Betim Futebol Clube, equipe transferida de Ipatinga para a cidade da Região Metropolitana de BH. Só nessa ação, o Ministério Público de Minas cobra 7 milhões de reais de Itair.
Outra ação que recai sobre o dirigente é de crime contra a ordem tributária, em 1998, ainda presidente do Ipatinga, na qual foi condenado a três anos de reclusão. Os conselheiros do Cruzeiro pediram afastamento imediato de Itair Machado e que ele não possa concorrer a nenhum cargo eletivo no clube por 10 anos.
A diretoria do Cruzeiro e o presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrela, não se pronunciaram sobre o caso.