Deivid aponta encarecimento do mercado de contratação no Brasil
Novo treinador do Cruzeiro fala sobre o aumento nos valores pedidos nos jogadores no cenário nacional e da cobrança por resultados imediatos na nova função
Deivid ainda não sentiu na pele para valer o tamanho da responsabilidade que terá em 2016 como treinador do Cruzeiro. No entanto, o comandante celeste sabe que é preciso resultado para que sua metodologia de trabalho tenha continuidade dentro da Raposa.
- Aqui no Brasil ainda tem esse preconceito com treinadores novos. E o futebol é resultado. Não adianta falar aqui em projeto a longo prazo. Se você perde dois, três jogos já fica com o cargo em risco. Não adianta falar em mudança, pois é assim que funciona nossa cultura - declarou ao programa "Bem Amigos".
Deivid revelou também que o plano para se tornar treinador é antigo e começou na época em que atuava no Fenerbahçe (TUR) e apontou mais uma vez Vanderlei Luxemburgo, com quem trabalhou como jogador em auxiliar, como a principal fonte de inspiração.
- Na verdade eu já tinha na minha cabeça que seria treinador em 2007, quando eu atuava pelo Fenerbahçe. O Aragonés (técnico) chegou no clube pouco depois do título da Eurocopa. Então aprendi muito com ele, com as anotações. Eu estudava. Mas minha referência é o Luxemburgo - declarou.
O novo treinador do Cruzeiro detalhou também a dificuldade de buscar bons nomes no cenário nacional. Deivid afirmou que a atual realidade é muito diferente dos tempos em que era jogador.
- Hoje em dia o cara consegue ganhar dinheiro atuando no Brasil. É difícil contratar jogadores que atuam no Figueirense, Criciúma por exemplo. Na minha época para conseguir uma boa grana era preciso sair. Então por isso estamos olhando para outros mercados - analisou.