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Dívida do Cruzeiro sobe para R$ 800 milhões e orçamento cai de R$ 350 para R$ 80 milhões

O conselho gestor do clube emitiu um comunicado com as ações feitas desde que assumiu a Raposa, no dia 23 de dezembro, além de pedir ajuda à torcida

Saulo Fróes, presidente do conselho gestor, afirmou que o Cruzeiro não fará loucuras salariais
imagem cameraSaulo Fróes deu detalhes do atual momento do Cruzeiro e das ações feitas pelo conselho gestor do clube-(Divulgação/Cruzeiro)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 11/01/2020
16:15

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O conselho gestor do Cruzeiro emitiu um comunicado sobre a situação do clube e fez um pequeno “raio-x” do momento da Raposa e um primeiro balanço da atuação do grupo de dirigentes que tenta contornar a crise do Cruzeiro.
Duas coisas chamaram a atenção no relato do Núcleo Dirigente Transitório, responsável pela gestão do Cruzeiro desde o dia 23 de dezembro: o aumento da dívida estrelada, que já passa dos R$ 800 milhões e a redução drástica no orçamento, que cairá de R$ 350 milhões, divulgados para 2019, para R$ 80 milhões.


Entre as ações estão:

- 98 funcionários (entre CLT e PJ) já foram demitidos, em processo que ainda está em andamento, e a economia estimada até agora é de 25 milhões/ano;

- Mais de 50% da frota de veículos do Clube será vendida, restando somente os essenciais;

- Está sendo feito um levantamento geral de todos os departamentos, para analisar situações que ainda possam gerar mais economia;

- O Clube tem realizado um estudo para um melhor aproveitamento dos imóveis, com redução de custos e visando rentabilidade. Para isso são avaliados todos os aspectos jurídicos e fiscais.

O presidente do núcleo gestor, Saulo Fróes, explicou as dificuldades encontradas.

-Tínhamos um orçamento que no ano passado era de 350 milhões e agora caiu para 80 milhões. Em resumo, é uma situação muito complicada. E a cada dia que passa nós temos uma surpresa, com contratos fora da realidade, que prejudicam o Cruzeiro e nos colocam em uma situação de vulnerabilidade. As dívidas, que inicialmente estavam orçadas em 700 milhões, hoje já ultrapassaram 800, e ainda não é um número preciso, porque a cada hora vão aparecendo mais coisas- disse Fróes, destacando as ações que já foram implementadas até o momento.

-Mas doa a quem doer. Todas as irregularidades que foram cometidas na gestão passada serão levadas à justiça e o Cruzeiro está aberto para as autoridades a qualquer hora. Este conselho gestor não compactua com nenhum tipo de irregularidade. Estamos cobrando das autoridades, para saber do andamento dos processos- comentou, explicando que a meta principal é viabilizar o dia a dia do Cruzeiro e pediu ajuda ao torcedor.

-Temos que ser realistas. A nossa prioridade hoje é dar condição para que o clube consiga sobreviver, para depois almejar algo mais lá na frente. Estamos iniciando um processo longo de reconstrução, a retomada de uma instituição gigantesca como o Cruzeiro. O torcedor é a peça mais importante neste processo para ajudar na reconstrução do Clube e ele precisa acreditar nisso: é difícil, mas o Cruzeiro vai se reerguer. O programa de sócios já está em fase bem adiantada, vamos lançá-lo nos próximos dias, e estamos estudando outras maneiras também para que o torcedor consiga ajudar o Cruzeiro- concluiu o presidente do conselho gestor, que também luta para se manter de pé, depois de perder dois membros importantes em menos de uma semana: o responsável pelo futebol, Pedro Lourenço, e o CEO Vittorio Medioli. Ambos alegaram impossibilidades para seguir na administração do clube.

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