Cruzeiro diz em nota que não há recurso no caso Al-Wahda e acusa administrações anteriores
A Raposa foi punida pela FIFA com a perda de seis pontos no Brasileiro da Série B por não quitar uma dívida com os árabes pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016
- Matéria
- Mais Notícias
Após ser punido pela FIFA pelo não pagamento de 850 mil euros(R$ 5 milhões) ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes, pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016, o Cruzeiro se posicionou sobre a situação.
A Raposa admitiu, em nota(veja abaixo) que não deve haver reversão da punição, pois o prazo final para pagamento da dívida era na segunda-feira, 18 de maio. Ainda no texto publicado no site oficial do clube, a atual direção acusa as antigas gestões celeste de omissão e permitirem que a situação chegasse nesse estádio vexatório, com a perda de seis pontos antes mesmo da Série B de 2020 começar e dificultar ainda mais a caminhada do time mineiro na tentativa de à elite nacional, em 2021, ano do seu centenário.
A FIFA já comunicou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a punição e pediu para que o time mineiro recebe a pena e comece a competição nacional com pontuação negativa. Não há como o Cruzeiro reverter a situação, pois a sentença foi em última instância. A informação foi veiculada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo LANCE!/Valinor Conteúdo.
O Cruzeiro até tentou negociar um adiamento, alegando falta de recursos por conta da pandemia do coronavírus, mas o acordo não foi efetuado e, com o prazo final do pagamento vencido, o Cruzeiro terá de compensar os pontos negativos na classificação nas 38 rodadas da competição que pode levar a Raposa de volta à Série A de 2021, maior objetivo da temporada.
O mal negócio da vida de Denílson aconteceu após o jogador vir a BH para se recuperar de uma lesão e posteriormente receber uma proposta do time mineiro.
O volante, de 32 anos, revelado pelo São Paulo, com passagem pelo Arsenal-ING, onde jogou por cinco temporadas, entrou em campo apenas cinco vezes com a camisa azul, dois como titular, gerando a dívida que não foi paga, tendo consequências no já combalido ano cruzeirense, que lutar para sair da segunda divisão nacional.
O Cruzeiro vai ter um novo prazo para quitar a dívida com o Al Wahda. Caso não cumpra o prazo, receberá uma nova punição da FiFA, que poderá até rebaixar o clube celeste para a Série C.
Relacionadas
Confira a nota do time cruzeirense
O Cruzeiro Esporte Clube segue trabalhando firmemente para evitar as consequências do não pagamento ao Al-Whada de mais de 5 milhões da dívida pelo empréstimo do volante Denilson, contratado em 2016. O prazo venceu nesta segunda-feira, 18. E por causa deste processo, que não cabe mais recursos na Fifa, o clube celeste pode sofrer a punição de seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, a direção do Clube ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial, e o Cruzeiro está finalizando a negociação com o clube dos Emirados Árabes.
As tratativas com o Al-Whada vinham se desenvolvendo positivamente nas últimas semanas, embora a troca iminente na direção do clube, com as eleições para presidente na próxima quinta-feira, 21, também tenham colaborado para dificultar as negociações. Outra dificuldade, além da falta de receitas da Raposa, que teve seus recursos ‘varridos’ na antiga administração, é o atual momento, com a pandemia da Covid-19, o coronavírus.
-Estamos negociando com o Al-Whada e vamos seguir até o último minuto, aguardando um desfecho positivo, para que o Cruzeiro não seja penalizado com a perda de pontos. Estamos vivendo um momento de exceção, em que o mundo está sofrendo com as consequências desta crise com o Coronavírus. Todos sabem da falta de recursos do Cruzeiro e o Clube teve suas receitas ainda mais comprometidas pela situação de pandemia- explicou Sandro Gonzalez, CEO do Conselho Gestor, falando sobre as negociações com o clube árabe.
-Vínhamos tentando um adiamento para o segundo semestre, mas os dirigentes do Al-Whada foram taxativos. Eles disseram que o processo corre há mais de quatro anos na Fifa e ninguém do Cruzeiro, nenhum dirigente neste período todo, procurou o Al-Whada para buscar um acordo. Eles disseram que se sentiram frustrados e descrentes, e que por isso não poderiam facilitar nada para o Cruzeiro neste momento. Nós explicamos a eles que o clube também foi uma vítima de tudo o que aconteceu nos últimos anos, que agora são outras pessoas que estão à frente da instituição, e que temos a total intenção de resolver. Já tínhamos tratativas avançadas desde a semana passada, e vamos fazer de tudo para evitar qualquer tipo de punição ao Cruzeiro- ressaltou Sandro.
Os dois pré-candidatos à presidência do Cruzeiro foram comunicados sobre a situação deste processo na Fifa.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias