Cruzeiro faz acordo com Dodô e encerra disputa judicial com o lateral
Clube e jogador estavam em disputa desde o início deste ano e agora a Raposa vai pagar o que deve, conseguindo um desconto no valor total
O Cruzeiro informou que chegou a um acordo com o lateral-esquerdo Dodô. Nas tratativas, ficou acertado que o clube pagará ao jogador a quantia de R$ 15 milhões. O pagamento será feito em 60 parcelas iguais, no valor de R$ 250 mil cada, a partir de janeiro de 2022.
A disputa entre atleta e Clube envolvia um risco de R$ 40 milhões, já incluídas as dívidas existentes (cerca de R$ 13 milhões) e aquelas que poderiam vir acaso procedente a ação manejada por Dodô, o que obrigaria o Cruzeiro renovar o contrato do jogador até o final 2023, com vencimentos de R$ 550 mil mensais, totalizando R$ 27 milhões, dada a duração deste novo contrato.
Sendo assim, na prática, estes eventuais R$ 27 milhões foram reduzidos a R$ 2 milhões, representando 62,5% de economia ao Cruzeiro na ação, mais uma oriunda de contratos absurdos, celebrados pela gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado.
O lateral pediu em sua ação contra a Raposa que que o clube cumpra um acordo feito ainda na gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá, que prometeu um novo vínculo até dezembro de 2023, tendo pagamentos de R$ 8,8 milhões só em luvas, se Dodô fizesse três partidas ou o Cruzeiro fizesse 15 pontos no Campeonato Brasileiro de 2019.
Em primeira instância, o jogador conseguiu sair vitorioso, mas a Raposa conseguiu liminar a seu favor e o caso foi para a segunda instância da Justiça do Trabalho.
Dodô, que não joga há um ano, estava emprestado pela Sampdoria, da Itália, no ano passado, vindo com uma cláusula de obrigatoriedade de compra pelo Cruzeiro no fim do ano, além do novo contrato. Todavia, após a saída de Wagner Pires e sua diretoria, o conselho gestor revisou o acordo com o lateral e entendeu que não havia obrigação do clube azul em cumprir as promessas da antiga diretoria.
Após boa temporada no Santos em 2018, Dodô não repetiu as boas atuações e ficou a maior parte do ano no banco de reservas. Foram 28 jogos e um gol marcado com a camisa celeste.