Felipe Conceição diz que Cruzeiro mentiu sobre acordo de rescisão de contrato e aciona o CNRD
O treinador, que deixou a Raposa no mês passado, questiona a forma que foi divulgado a sua saída do clube
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O ex-técnico do Cruzeiro, Felipe Conceição, acionou clube na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) por uma suposta falsa alegação de que sa duas partes teriam feito um comum acordo na rescisão de contrato no dia 9 de junho, quando Felipe foi demitido.
O treinador diz que o Cruzeiro mentiu na hora de publicar a sua saída apresentando um documento com rompimento do vínculo "em comum acordo", o que, na visão dele, "não condiz com a realidade".
Conceição diz na ação no CNRD que o seu entendimento é que ele foi demitido pelo clube, tendo como base um pronunciamento do presidente Sérgio Santos Rodrigues logo após a eliminação da Copa do Brasil, em que o dirigente afirma que foi encerrado o trabalho do treinador.
Felipe Conceição diz também que não recebeu os valores referentes à rescisão de contrato e que demorou a receber os documentos sobre sua rescisão, notando que estava escrito que a saída foi “em comum acordo entre as partes”.
O ex-técnico afirma que o Cruzeiro o comunicou que só registraria a rescisão do contrato no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF se aceitasse que o fim do vínculo foi "em comum acordo". O treinador se recusou e decidiu acionar a CNRD para poder acertar com outra equipe.
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Limite de trocas de técnicos
Felipe Conceição argumentou em sua petição que o Cruzeiro usou desse artifício para burlar a nova regra da CBF que limita a troca de técnicos no Campeonato Brasileiro. A partir deste ano, é permitida apenas uma demissão de treinador sem justa causa durante a competição, Se Mozart Santos for demitido e for comprovado que a Raposa mandou embora Conceição, o time estrelado não poderá contratar outro treinador e será obrigado a ter um auxiliar comandando a equipe.
Por isso, no argumento do ex-treinador, o clube colocou que houve um acordo para sua saída.
A pressão de Felipe Conceição para a resolução do caso é que ele acertou com o Remo e ainda não teve seu contrato registrado na CBF. Ele pde na petição no CNRD que a Diretoria de Registros e Transferências da CBF publique a rescisão de seu contrato com o Cruzeiro de maneira imediata, para que ele possa comandar o clube paraense na beira do campo.
O Cruzeiro ainda não se manifestou sobre a situação com seu ex-técnico.
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