Justiça mineira afasta Itair Machado do cargo de vice no Cruzeiro
A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira e o dirigente está impedido de exercer o cargo ou tomar decisões pelo clube
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A Justiça mineira expediu uma ordem de afastamento imediato do vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, do cargo que ocupa no clube.
O juiz Octávio de Almeida Neves, da 12ª Câmara Cível de Belo Horizonte, deferiu o pedido de tutela de evidência recursal feito por um grupo de conselheiros e associados da Raposa, que pediu o afastamento imediato de Itair, um dos nomes citados nas denúncias que assolam o clube em casos de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e operações ilegais na venda de direitos de jogadores, incluindo um menor de idade, o que é proibido pela lei brasileira.
Na expedição da ordem judicial, Itair fica "impedido de praticar quaisquer atos de gestão inerentes à função no comando do Cruzeiro e de se valer dos poderes outorgados a ele no instrumento de procuração firmado pelo clube".
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A petição inicial do processo teve entrada no final de junho e foi protocolada por um grupo de associados e conselheiros, entre eles o ex-presidente da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares. Na semana passada, a juíza da 22º Vara Cível de Belo Horizonte indeferiu os pedidos de "tutela de evidência" e "tutela de urgência" dos autores da ação, dando um pequeno “respiro” para o dirigente. Todavia, o grupo havia prometido recorrer e buscar nova ação para tirar Itair do cargo.
A ação movida pelo grupo de Gilvan de Pinho se baseia nas condenações trabalhistas, previdenciárias e criminais que recaem sobre Itair Machado nos tempos de Ipatinga, que vão contra o que diz sobre a conduta de dirigentes esportivos na Lei Pelé e também pelo Estatuto do Cruzeiro, o que impediria dele ter qualquer cargo no clube.
- O caso está entregue aos meus advogados. Nem eles, nem eu falaremos sobre o assunto-disse Itair via assessoria do Cruzeiro.
A saída do dirigente do clube é mais um episódio na crise sem fim que o Cruzeiro vive, tendo inclusive suas sedes averiguadas pela “Operação Primeiro Tempo”, da Polícia Civil, que investiga as supostas irregularidades no clube. Além da PC, Ministério Público de Minas Gerais(MPMG) e Polícia Federal também investigam a Raposa. O caso corre em segredo de justiça.
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