Lisca ‘pistola’, ameaças de tapa no árbitro e Felipão dedicando vitória a Benecy: o agitado Coelho x Raposa
O clássico mineiro foi muito agitado, gerando sentimentos antagônicos nos dois treinadores, além de muitas reclamações de dirigentes americanos
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O clássico entre América-MG e Cruzeiro fizeram um animado clássico pela 25ª rodada da Série B, com o time azul vencendo por 2 a 1. Entretanto, os sentimentos de Lisca e Felipão foram bem distintos: o treinador do Coelho saiu de campo expulso e reclamando muito da arbitragem. Ele gritava com os auxiliares de Dewson Fernando Freitas da Silva e perguntava tenso:
-Vocês conseguem dormir com isso? Conseguem?-disse Lisca minutos depois do pênalti mal marcado pelo árbitro paraense.
Um diretor americano não identificado foi além na revolta:
-Vagabundo, ladrão, safado! Isso não vai ficar assim. Seu juiz de várzea! Seu juiz de várzea! Vagabundo, vagabundo! Você tem que tomar uns tapas-disse logo após o fim do jogo.
A revolta do América era pelo pênalti marcado para o Cruzeiro, de Messias, em Pottker, um equívoco, e outro não assinalado para o Coelho, uma bola na mão de Adriano.
Já no outro lado, de Felipão, o sentimento era de mais serenidade, pois os três pontos apagaram a péssima atuação diante do Confiança, quando foi derrotado no Mineirão por 2 a 1.
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O resultado colocou o time celeste na 15ª posição, com 31 pontos, sete do Z4 e a 10 do G4. O comandante da Raposa exaltou sua escalação e dedicou a vitória ao superintendente Benecy Queiroz, que foi envolvido em uma denúncia de um esquema de desvio de materiais esportivos do clube.
- O América tem um estilo muito interessante de jogar. Alê sai da sua posição, vai para a ponta esquerda, causa indecisão de lateral, quem vai marcá-lo. Juninho sai da posição e vai para a ponta direita. E aí abrem os dois espaços de meio. Aí precisamos, então, com marcação de um volante e um segundo volante, alguém que ficasse no meio e pudesse trabalhar com tranquilidade a bola. Ou desse oportunidade para que os dois marcadores pudessem marcar os jogadores, que são os mais criativos do América. E tiveram dificuldades no jogo de hoje. Acredito que a presença do Machado veio a dar a nós, aquela tranquilidade ao meio, que poderíamos não ter se tivéssemos jogador diferente, alguém que jogasse mais à frente, poderia dar mais chance para o adversário-disse, para em seguida dedicar o triunfo a Benecy.
-Queríamos oferecer ao Benecy Queiroz, que é uma lenda, uma pessoa maravilhosa dentro do Cruzeiro, oferecer a vitória no jogo de hoje. Pessoas esqueceram que o Benecy Queiroz tem 50 anos de Cruzeiro, e é o nosso representante. Hoje, a vitória é para ele- completou.
O vice-líder América volta a campo no dia 5 de dezembro, sábado, contra o CSA, às 18h30, em Maceió. A Raposa joga no mesmo dia, só que às 21h, no Mineirão, contra o Brasil-RS.
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