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Luiz Gomes: Cruzeiro faz 100 anos e vai ‘comemorar’ na Série B

Clube com história de títulos nacionais e continentais vive situação delicada na busca pelo acesso à Série A. Cartolagem incompetente deixou a Raposa em dificuldades no centenário

Felipão - Cruzeiro x Paraná
imagem cameraAcesso à Série A é cada vez mais distante para a equipe comandada por Felipão (Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/12/2020
14:15
Atualizado em 27/12/2020
17:09

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No Brasileirão de 2019 o rebaixamento castigou dois times que nunca haviam caído: o Cruzeiro e a Chapecoense. O time mineiro com toda sua história de títulos nacionais e continentais. O catarinense, que chegou à elite em 2014, depois de uma ascensão meteórica desde a Série D, e que nunca havia saído de lá, mesmo depois da tragédia aérea da Colômbia, em 2016.

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Faltando sete rodadas para o final da Segundona os dois vivem uma situação distinta: a Chape é líder, só uma catástrofe é capaz de tirá-la da Série A no ano que vem. Já para a Raposa só um milagre será capaz de garantir o acesso. O Cruzeiro termina a rodada 31 em 11°lugar, nove pontos distante do G4 e ainda podendo ser ultrapassado pelo Brasil de Pelotas e o Confiança que têm um jogo a menos. Precisa fazer uma campanha que em nenhum momento conseguiu fazer para tirar essa diferença e voltar a sonhar com o retorno à primeira divisão.

É um castigo duro demais para um clube que já foi modelo de gestão, exemplo de modernidade, mas que se deixou corroer por uma cartolagem corrupta e incompetente que o levou a nocaute no campo e às páginas de polícia fora dele.

Os cruzeirenses demoraram a reagir. E quando se formou um conselho de notáveis, quando a nova diretoria assumiu já era tarde. O time começou a Segundona com seis pontos negativos, punido pela Fifa, sem condições de contratar e envolvido em crises financeira e institucional avassaladoras.

Tentativas não faltaram - ainda que em boa parte seguindo a equivocada cartilha do futebol tupiniquim: o troca-troca dos técnicos. Até a chegada de Felipão já haviam passado pelo comando da Celeste, apenas nesse ano, Adilson Batista, Enderson Moreira e Ney Franco.

Mas a verdade é que não há santo que faça milagre. O time é ruim, mesmo para os padrões da Série B. A reação que a chegada de Scolari anunciava não passou de um sopro. E os últimos resultados - empates com Avaí e CSA e derrota para a Ponte Preta - mostram que o pesadelo está longe, muito longe de acabar.

Com duas Libertadores, quatro Brasileirões e seis Copas do Brasil, além de 40 estaduais na bagagem, o Cruzeiro, que em janeiro completa 100 anos de história, está em vias de alcançar uma nova e - desta vez - lamentável façanha: a de se tornar o primeiro clube entre os chamados grandes a permanecer por dois anos consecutivos na Série B. Uma triste maneira de comemorar seu centenário.

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