Cruzeiro mal anunciou Adidas como fornecedora de uniformes e já pode rescindir contrato com os alemães
O CEO da Raposa, Vittorio Medioli, disse que vai convocar uma reunião para renegociar o contrato, que, na visão do clube é desvantajoso. Fabricação própria é uma possibilidde
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O Cruzeiro continua sendo um clube de incertezas neste momento, mesmo com o conselho gestor, formado por empresários, assumindo a instituição. O novo capítulo das “idas e vindas” no noticiário da Raposa é sobre o seu novo fornecedor de uniformes, a Adidas, que foi anunciada oficialmente nesta quinta-feira, 26 de dezembro, apresentando as camisas para a temporada 2020.
O acordo com os alemães mal começou e já pode ser encerrado. O núcleo diretivo transitório do Cruzeiro, que tem o empresário Vittorio Medioli como CEO, disse que irá convocar uma reunião com a Adidas e discutir uma rescisão do contrato com a fornecedora de material esportivo alemã.
Medioli e o grupo que está gerindo o Cruzeiro veem no acordo algo desvantajoso para a Raposa. A intenção é até fabricar as próprias peças para o elenco profissional e demais categorias.
-Nós devemos encerrar o acordo com a Adidas, porque não se faz um acordo nessas condições. Estamos quase decididos a montar uma marca própria. Primeiro que o contrato com a Adidas não é pra ganhar nada. É um contrato que, no ano, no máximo vai dar ao Cruzeiro R$ 2,5 milhões, que foi antecipado - disse Vittorio Medioli na sede do clube, afirmando que o acordo atual favorece apenas a empresa alemã.
-Temos que encerrar o contrato com a Adidas. Dar um contrato para a Adidas ganhar dinheiro e o Cruzeiro segurar a brocha não dá- declarou.
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Medioli foi além e defendeu a criação de uma marca própria do Cruzeiro, como tem feito clubes tradicionais como Bahia e América-MG.
-Vamos montar uma marca própria, como vários clubes estão fazendo. Não é a marca Adidas que vende, é a marca Cruzeiro. E aí a desproporcionalidade é absurda. Poderemos vender produtos de excelente qualidade a um preço que deixa uma margem para nós. Lançaremos uma marca própria, que será do Cruzeiro. Que os torcedores entendam: isso é para garantir o futuro do Cruzeiro - completou.
O valor fechado pela antiga diretoria prevê o pagamento de luvas de R$ 2,5 milhões, que já foi foi adiantado pela Adidas. Os mais recursos para o clube viriam apenas se a Raposa cumprisse uma cota de vendas para receber percentuais da comercialização dos produtos. Para que o acordo seja encerrado, o Cruzeiro terá de devolver o valor à empresa esportiva.
-Eles adiantaram R$ 2,5 milhões. Teremos que devolver - disse o CEO cruzeirense.
Adidas e Cruzeiro voltaram a ter uma parceria nos uniformes após mais de 30 anos, desde os anos 1980. Parte da torcida celebrou a vinda da marca, mas houve resistências com a nova camisa celeste.
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