Os muros da Toca da Raposa II foram pichados em mais um protesto contra o time do Cruzeiro. Expressões como "Fora parasitas", "Fora verme", o "O Cruzeiro é gigante", e "Fora Sevandijas", apareceram na parte externa do CT da Raposa.
O protesto chamou à atenção pelo uso de um termo pouco conhecido e pouco usual no dia a dia: sevandijas, que significa parasita, pessoa desprezível e verme segundo o dicionário Houaiss.
O uso do termo pode indicar que a ação de pichação pode ter sido realizada por torcedores de organizadas, mas também por opositores à gestão celeste.
O protesto acontece em uma semana cheia de contratempos para o time azul, que empatou em casa com Avaí, por 0 a 0, na segunda-feira, 18, perdendo a chance de se distanciar do Z4, além da invasão de torcedores de uma organizada em uma festa da esposa de Dedé, que repercutiu de forma negativa, levando a diretoria celeste a pedir que os atletas evitassem festas neste momento do clube.
O diretor de futebol Marcelo Djian falou que irá conversar com os atletas para se preservarem mais fora de campo, a fim de evitar mais confusões com torcedores.
-Foi comentado sim sobre isso na Toca. Apesar de o momento ser difícil, infelizmente a gente sabe que aqui no Brasil existe essa mistura. Os torcedores acham que por o clube estar nessa situação, o Dedé não pode comemorar o aniversário da esposa dele. A gente entende e sabe que é um momento difícil, no qual o torcedor encara as coisas pela emoção, e não pela razão. Acredito que, de repente, os jogadores possam pensar em não fazer mais nada até o fim do campeonato-disse Djian.
O Cruzeiro tenta recuperar o foco dentro de campo, pois com 36 pontos, na 16ª posição, a Raposa terá de pontuar diante do Santos, no sábado, 23 de novembro, às 21h, na Vila Belmiro, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, para se manter fora do Z4 e tentar subir na classificação.