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Polícia Civil faz operação contra organizadas do Cruzeiro e MP pede banimento de Pavilhão e Máfia azul

Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, com oito prisões. O MP quer membros das organizadas não frequentem estádios por um ano 

A operação da polícia com o apoio do MP de Minas visa investigar atividades criminosas das organizadas
imagem cameraA operação da polícia com o apoio do MP de Minas visa investigar atividades criminosas das organizadas-(Reprodução)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 17/12/2019
15:16
Atualizado em 17/12/2019
15:27

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O Ministério Público de Minas Gerais e as polícias Civil e Militar fizeram uma operação em conjunto para cumprir 16 mandados de prisão temporária e 20 de busca e apreensão contra as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente, que seguem o Cruzeiro, na manhã desta terça-feira, 17 de dezembro.

Foram mobilizados na operação quatro delegados, 110 investigadores, 40 policiais militares e dois promotores de justiça, que prendeu oito pessoas. A operação, intitulada “Voz das arquibancadas”, autuou em seis cidades mineiras: Belo Horizonte, Contagem, Betim, Vespasiano e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana; e Barão de Cocais e João Monlevade, na Região Central do Estado.

A principal motivação da operação contra as duas organizadas são os diversos atos de violência protagonizados por Máfia Azul e Pavilhão na derrota de 2 a 0 do Cruzeiro para o Palmeiras, no encerramento do Brasileirão, que sacramentou o rebaixamento da Raposa.

Em nota do MP, há as justificativas para a operação “Voz das arquibancadas”.

-Esses confrontos têm gerado grave perturbação à ordem pública, danos ao patrimônio público e privado e colocado em risco a integridade física de torcedores. Já não bastasse a série de confrontos generalizados ocorridos entre as torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente, no dia 8/12/19, a torcida Máfia Azul protagonizou mais uma cena de vandalismo. Foi a principal responsável pela quebradeira em várias partes do Estádio Mineirão. Centenas de cadeiras quebradas, dezenas de televisões danificadas, banheiros quase que totalmente destruídos, bebedouros arrancados, vidros quebrados, etc. Inúmeras cadeiras foram arremessadas para os setores inferiores e campo de jogo, colocando em risco a integridade dos torcedores, muitos deles com crianças-diz o texto da nota.

Os integrantes das duas torcidas organizadas também são investigados por outros crimes, como associação criminosa, dano ao patrimônio, lesão corporal, tentativa de homicídio, provocação de tumultos e ameaças.

-O delito de associação criminosa vem tipificado no art. 288 do Código Penal, configurando o mesmo quando há a conduta de se associarem três ou mais pessoas para o fim de cometerem crimes de forma reiterada. De fato, é o que vem ocorrendo e que está sendo apurado no inquérito policial, dentre outras condutas tipificadas no ordenamento jurídico, como dano ao patrimônio público e privado, provocação de tumulto e ameaças- dizia outra parte da nota da operação.

Cruzeiro opina

O diretor de Comunicação do Cruzeiro, Valdir Barbosa, comentou sobre a operação “Voz da arquibancada”.

-O clube espera que o MP aja de acordo com a lei porque o futebol precisa ser protegido destas questões, principalmente do vandalismo que aconteceu no estádio- disse Barbosa.

Pedido de banimento por um ano

O Ministério Público de Minas Gerais(MPMG) vai entregar uma recomendação à Federação Mineira de Futebol (FMF) para que integrantes das torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente, que seguem o Cruzeiro, sejam banidas de todos os estádios brasileiros.

A medida do MP mineiro foi anunciada após a operação “Voz da Arquibancada”, realizada na manhã desta terça-feira, que prendeu oito pessoas.

A promotora Vanessa Fusco disse que o pedido de banimento temporário, válido por um ano, é para coibir a ação de “pseudo-torcedores”. Caso seja concretizado o banimento, ele já terá validada a partir desta terça-feira, 17, para qualquer torcedor que esteja identificados que vestes e símbolos da Máfia Azul e Pavilhão Independente.


O MPMG também recomenda que o entorno dos estádios, em um raio de cinco quilômetros, seja considerado como entorno, para não ter membros dessas torcidas presentes.

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