PM prende 53 pessoas por brigas no clássico Galo e Raposa e cogita volta de jogos com torcida única
Apesar de se posicionar a favor, o tenente-coronel Juliano José Trant de Miranda diz que é uma discussão que envolve outros atores como o Ministério Público e FMF
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Os incidentes antes e depois do clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG geraram 53 prisões segundo a Polícia Militar de Minas Gerais. As intervenções aconteceram em outros pontos de Belo Horizonte, longe do Mineirão e após a confusão que se instalou no estádio quando atleticanos invadiram uma área de camarotes destinada a cruzeirenses.
A PM mineira relatou uma briga entre integrantes das torcidas organizadas da Raposa Máfia Azul e Pavilhão, no Anel Rodoviário, próximo a Sabará, na região metropolitana da capital mineira, resultando em 39 prisões e encaminhamento de cinco pessoas, que ficaram feridas, para o os Hospitais João XXIII, e Risoleta Neves.
Mais 12 detenções aconteceram no bairro Santa Efigênia e no portão C do Mineirão. As pessoas presas também eram de organizadas ligadas ao Cruzeiro. Na briga dentro do estádio, foram presos dois atleticanos.
Em coletiva, a PMMG relatou que estava preparada para os possíveis confrontos e que até reforçou o seu contingente.
-A Polícia Militar veio com planejamento padrão, até com certo reforço, em razão desta briga entre Máfia Azul e Pavilhão. No fim do jogo, teve esse incidente, mas fizemos a intervenção rápida para evitar um mal maior- disse o tenente-coronel Juliano José Trant de Miranda.
O Tenente-coronel vê como solução para evitar desordem no estádio o retorno de clássicos com torcida única.
- Eu não descarto isso (torcida única), mas é uma discussão muito maior, que não envolve só a Polícia, mas o Ministério Público, a Federação. Não descarto essa possibilidade, tendo em vista que o pessoal vem aqui para o estádio e se transforma. E vem com a intenção de cometer crime, vem brigar, vem invadir. Queremos o estádio para o torcedor comum, que traz a família e as pessoas de bem para curtir um jogo de futebol- disse.
Juliano José Trant também falou sobre o incidente dentro do Mineirão, envolvendo cruzeirenses e atleticanos após o clássico.
- Aqui no estádio, tivemos algumas intervenções necessárias, tendo em vista às confusões geradas entre as torcidas Pavilhão e Máfia Azul e também envolvendo as torcidas do Atlético e do Cruzeiro, basicamente integrantes da Galoucura, que se envolveram em confusão e invasões aqui no estádio- concluiu.
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No clássico deste domingo, entre Cruzeiro e Atlético, infelizmente, aconteceram diferentes focos de confrontos entre torcedores de forma simultânea e em diferentes pontos do estádio. Em todos estes confrontos tiveram atuação da segurança privada e da Polícia Militar, que trabalham de forma compartilhada para garantir a segurança no Mineirão.
Esses confrontos não tiveram relação com o inédito número de faltas no efetivo de homens que trabalham na partida. O setor de segurança do Mineirão trabalhou de forma incessante antes, durante e após a partida para remanejar os profissionais em serviço.
Importante ressaltar que no posto médico do estádio não houve atendimentos decorrentes de contato físico entre torcedores-dizia a nota da administradora do Mineirão.
O outro organizador da partida, o Cruzeiro, também se posicionou por nota, que irá buscar as medidas cabíveis para punir os atos de vandalismo e violência depois do jogo contra o alvinegro.
-O Cruzeiro Esporte Clube lamenta profundamente as cenas de confusão e vandalismo ocorridas no clássico deste domingo, 10 de novembro.
O Clube informa que tomou todas as medidas exigidas de acordo com o Estatuto do Torcedor. Durante a semana, foram feitas reuniões de praxe com representantes de todos os órgãos competentes para garantir a segurança dos torcedores que fossem ao Mineirão e a eles foram repassados todos os cenários para que fosse elaborado o melhor plano de segurança possível.
Cabe ressaltar que o efetivo de policiais envolvidos no evento é determinado pela própria corporação, assim como em relação aos seguranças ligados à Minas Arena, concessionária responsável pelo estádio. No caso dos seguranças, a Minas Arena escolhe o número de profissionais no seu efetivo.
É importante frisar, também, que a segurança no Mineirão e no entorno do estádio são de responsabilidade da Polícia Militar e da equipe de seguranças da Minas Arena, cabendo ao Cruzeiro o pagamento dos custos desta operação.
A confusão se iniciou entre seguranças, policiais e torcedores atleticanos no espaço do setor Roxo Superior destinado à torcida do Clube Atlético Mineiro, nos minutos finais da partida, próximo à tribuna de imprensa.
Minutos depois, a confusão se estendeu para o setor Roxo Inferior, em espaço destinado também para torcedores do Clube Atlético Mineiro, onde um número considerável destes invadiu outros setores destinados a torcedores cruzeirenses, gerando momentos de tensão e apreensão.
O Cruzeiro informa que está providenciando o levantamento de todos os boletins de ocorrências e de imagens de circuito interno de segurança do estádio para que, a partir da identificação dos torcedores envolvidos, possa tomar as medidas cabíveis- publicou a Raposa em seu site oficial.
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