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‘Racha’ interno vai abreviar presença do conselho gestor no Cruzeiro

A composição montada para gerir o clube vai permanecer até 31 de maio devido às disputas internas pela presidência do clube. Emílio Brandi retirou sua candidatura

Emílio tem nome de peso na história do Cruzeiro, pois é sobrinho de Felício Brandi, presidente histórico da Raposa
imagem cameraO empresário Emílio  Brandi desistiu de concorrer às eleições para um mandato tampão na Raposa-(Bruno Haddad/Cruzeiro)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 04/04/2020
14:59
Atualizado em 04/04/2020
15:18

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O Cruzeiro ainda não conseguiu pacificar seu conturbado ambiente político. As disputas por poder na Raposa geraram um “racha” entre alas do clube, o que irá abreviar a permanência do conselho gestor até o fim de maio, pois no dia 21, as eleições para um mandato “tampão” foi mantida, devido à pressão da oposição da atual diretoria.

O empresário Emílio Brandi, membro do conselho gestor, desistiu de concorrer no pleito marcado para o próximo mês. Com esse cenário, o advogado Sérgio Rodrigues deverá ser o único candidato para a presidência cruzeirense.

A divisão interna entre alas políticas no Cruzeiro vinham se acirrando nos últimos tempos, pois os membros do conselho gestor apoiavam a ideia de ter apenas uma eleição, no fim do ano, para escolher o próximo presidente.
Porém, movimentos internos de opositores e apoiadores de Sérgio Rodrigues pressionaram pela manutenção de duas eleições no ano, criando a cisão no clube.

Emílio Brandi enviou um comunicado sobre sua desistência da candidatura, explicando que há uma disputa política que o fez tomar essa posição. Tal postura tem o apoio do conselho gestor que não vê como benéfica ter duas eleições em 2020, pois poderia atrapalhar as medidas que estão sendo tomadas para sanear o clube, além de negociações importantes como os débitos na FIFA, com clubes e jogadores da Raposa.

Confira o comunicado 

O Conselho Gestor tinha a intenção de seguir no Cruzeiro até o fim de 2020, entendendo que é importante dar continuidade aos trabalhos que estamos fazendo. Acreditamos que a realização de duas eleições, em um único ano, será muito prejudicial ao clube. E não pretendemos também ter um racha no Cruzeiro, em uma briga política que nem sabemos fazer.

Nos últimos meses ficamos totalmente absorvidos na gestão do Cruzeiro, que se reergueu e retomou a credibilidade. Mas isso também tem um preço na vida de cada um, que deixou seus negócios e muitas vezes deixou de estar com a família para viver e resolver os assuntos do Cruzeiro, do qual nos orgulhamos imensamente.

Diante deste cenário, com embate político, o Conselho Gestor não terá representante nas eleições. Seguiremos firmes e nossa missão é continuar com as nossas ações para reconstruir o Cruzeiro, e deixá-lo o mais organizado e preparado possível para os próximos desafios. E nosso trabalho se encerrará no dia 31 de maio, véspera da posse do presidente que assumirá o clube.

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