Rebatizar a Toca I e usar o Barcelona como modelo na base: metas de Sérgio Rodrigues no Cruzeiro
O novo presidente do time celeste busca inspiração em La Masia para recuperar o clube e quer começar homenagenado Felício Brandi, que construiu a primeira Toca da Raposa
Aprovada em gestões anteriores, mas nunca implantada, a Toca da Raposa I, primeiro centro de treinamento do Cruzeiro, poderá ser rebatizado. Pelo menos é a intenção do presidente Sérgio Santos Rodrigues, quer quer homenagear Felício Brandi, ex-presidente do clube, que doou o terreno onde fica a Toca da Raposa I.
- Temos o projeto de, primeiro, batizar a Toca I com o nome do presidente Felício Brandi, que foi quem doou o terreno para construção da Toca I, chamar de centro de formação, não de atletas, mas de pessoas.
Outra medida é fortalecer o trabalho de base, que, na visão do novo presidente, poderá ajudar o clube a superar este grave momento esportivo e econômico. Criar uma nova cultura na base é para entender a realidade dos atletas e ajudá-los na formação com cidadãos.
- Eu valorizo muito a base, eu passei pela base do Cruzeiro, embora nos negócios internacionais, que funcionavam junto à base, eu vivi a Toca I, onde fica sediada a nossa base. Eu valorizo isso demais. A cultura é de cima pra baixo. Ela tem que ser institucionalizada. O que a gente vê é isso, algum dirigente cria a cultura do se o atleta é bom, ele pode fazer o que quiser. A gente já tinha ouvido de caso, às vezes, de menino mexendo até com droga, mas “a não, mas vamos deixar que ele vai desenvolver”. Acho que não. Tem de fazer um trabalho psicológico, tem de explicar. A condição social, talvez, de 95% dos atletas de base é complicada. Cabe ao clube dar formação a eles nesse sentido - disse o presidente, em uma live do canal FutClass.
Sérgio Rodrigues quer se inspirar no Barcelona para iniciar um novo modelo de base no Cruzeiro.
- Você vai em La Masia (centro de treinamento da base do Barcelona), por exemplo, você vê essa preocupação do Barcelona. Eles levam os meninos para assistir jogos, tem o momento dos meninos sem celular para eles trocarem ideias, eles estudam. Temos que criar essa cultura de formar boas pessoas, que poderão ser bons atletas, até porque o funil é muito curto. Um time sub-20 de qualquer equipe, talvez, dois, três, quatro no máximo que vão se profissionalizar e viver do futebol em nível mais alto. A forma de valorizar isso é implementar a cultura. Essa cultura tem de vir de cima para baixo. Temos que abraçar e ter certeza que o resultado não vai ser imediato. Ele vai demorar um pouco, mas ter a convicção que está fazendo certo, cercado das pessoas certas- concluiu.