Cruzeiro refaz balanço de 2018, com 170% de aumento no déficit, mas consegue a aprovação do conselho
Os conselheiros se reuniram na sede social do clube e aprovaram as contas refeitas da administração de Wagner Pires de Sá. Houve discussoes acaloradas para 'purificar' o clube
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A noite de quinta-feira, 6 de fevereiro, foi agitada na política do Cruzeiro. O Conselho Deliberativo do clube se reuniu na Sede Social do Barro Preto, para aprovar o balanço de 2018, ainda sob a gestão de Wagner Pires de Sá, que precisou ser refeito, já que com a auditoria realizada nas contas do clube, o déficit apresentado pela antiga gestão não era os R$ 27 milhões apresentados e sim mais de R$ 73 milhões, ou seja: 170% maior que o anunciado.
As novas contas da Raposa, com a atualização foi aprovada pelo conselho, com exceção de um conselheiro, dos 231 presentes: Herones Márcio Amaral Lima se recusou a votar a favor do novo balanço.
Após a aprovação, houve um pedido da mesa diretora do Conselho Deliberativo que acompanhem de perto investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais sobre a gestão de Wagner Pires de Sá, acusada de vários crimes envolvendo o clube azul, entre eles lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documentos.
Outra resolução é que haverá novas eleições no clube até maio, assim, o conselho gestor se manterá no comando até que o clube tenha um novo presidente.
Depois que as contas foram aprovadas, o clima esquentou na reunião, pois o atual presidente do Conselho Deliberativo e presidente interino do clube, José Dalai Rocha, pediu que as alas políticas da Raposa se unam e deixem de lado as desavenças.
-Inacreditáveis acontecimentos. Coisa que nunca pensamos viver e vivemos. Vendo esse auditório e irmandade, rostos vibrantes cantando hino. Onde tem lugar para o ódio, onde tem lugar pra raiva? Todos somos cruzeirenses. Nunca entendi esse nós e eles. Toda vez que passo por nós e eles recebo pancadas de xiitas. Para onde nós leva isso? A gente sabe. Leva para onde estamos-disse.
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A fala de Dalai Rocha gerou comoção , gerando uma discussão entre conselheiros que querem a exclusão de pessoas do clube que ajudaram a levar o clube a essa situação de crise. O conselheiro Celso Luiz Chimbida foi o porta-voz desses conselheiros e pediu a purificação do Cruzeiro.
-Eu me senti ofendido quando o Dalai pega e abre, e simplesmente nos chama atenção. E diz simplesmente somos xiitas, somos. Que simplesmente nós temos que unir. Unir, não! Eu acho que o momento é de purificar o Cruzeiro. Nós não podemos simplesmente passar a mão no que aconteceu-disse.
O ex-presidente Wagner Pires de Sá, o seu ex-diretor-geral Sérgio Nonato, o ex-presidente do Conselho, Zezé Perrella, não foram ao encontro.
Um dos nomes cotados para assumir a presidência da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues, esteve presente na reunião e demonstrou que já está em campanha para o pleito que definirá quem comanda o clube no próximo triênio.
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