Cruzeiro resolve pendências na FIFA referentes a William Bigode, Thiago Neves e Gonzalo Latorre

A Raposa conseguiu acordos para quitar as dívidas do clube com o Zorya, Al Jazira e com o Club Urretam do Uruguai, além de garantir que vai solucionar a dívida com o Al Wahda

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Buscando resolver os problemas emergenciais do Cruzeiro, o presidente do clube mineiro, Sérgio Santos Rodrigues informou que a Raposa realizou, nas últimas horas, movimentações importantes em diferentes processos que correm na Corte Arbitral do Esporte (CAS).

O clube celeste destacou, primeiramente, que chegou a um acordo com o Zorya, da Ucrânia, para solucionar dívida referente às duas últimas parcelas devidas pela aquisição do jogador Willian Bigode. Em entendimento entre as partes, ficou estabelecido que o Cruzeiro pagará a dívida de 1 milhão de euros em dez parcelas, e o processo na FIFA será encerrado, afastando o risco de punição desportiva.

- Em terceiro, com alegria, logo que a gente entrou, pagamos parte da dívida do Zorya que poderia acarretar a perda de seis pontos. Obviamente, pagamos aquilo à vista antes da posse, eliminando possibilidade de perda de qualquer ponto. Mas ficou parte remanescente, que vencia hoje, então hoje, assim como fizemos com o Del Valle, graças ao esforço do dr. Tanure, firmamos acordo com o Zorya, dividindo ela em 10 parcelas-disse Sérgio Rodrigues em sua live semanal nos canais oficiais do clube.

Outra ação resolvida pela Raposa na FIFA, envolvia o Al Jazira e o jogador Thiago Neves. O time dos Emirados Árabes Unidos pleiteava junto ao CAS as condenações solidárias do atleta e do Cruzeiro, solicitando pagamento de 9 milhões de euros pelo rompimento unilateral do contrato. No entanto, as partes chegaram a um entendimento e o Cruzeiro não terá que efetuar qualquer pagamento ao Al Jazira.

- O segundo(problema) é o famoso processo contra o Al Jazira, envolvendo o clube, Thiago Neves e o Cruzeiro. O Cruzeiro havia saído vitorioso em primeira instância, mas havia recurso que poderia acarretar em punição de até 9 milhões de euros. E hoje, o nosso brilhante advogado Breno Tanure, hoje chegaram a um acordo e está encerrado esse processo. Não temos mais nenhuma chance de punição.

O clube também informou que, em outro processo na Fifa, valendo-se das doações dos torcedores na Operação Fifa by Meep, pagou, nesta quinta-feira, 7 mil dólares ao Club Urreta, do Uruguai, referente ao mecanismo de solidariedade do atleta Gonzalo Latorre.

- Fizemos dois acordos e um pagamento. O pagamento se trata - para você ter ideia de como esse pessoal destratou o Cruzeiro. O pagamento é do mecanismo de solidariedade daquele atleta Gonzalo Latorre, que deveria ter sido pago ao Club Urreta, o Cruzeiro foi intimado em novembro de 2019 a pagar. E a Fifa indiciou que foi ignorada a carta de composição, de tentativa de pagamento. Recebemos ordem final para pagar 7 mil dólares. Era um processo que nem estava contabilizado, porque não tínhamos ele arquivado. Encerramos esse processo-disse. 

Desde que assumiu o Cruzeiro no início de junho deste ano, a nova gestão já desembolsou cerca de R$ 30 milhões em dívidas na FIFA, além de ter firmado acordos importantes em outros processos.

Sobre a dívida com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, de R$ 5,3 milhões, que gerou uma punição com a perda de seis pontos na Série B e pode até rebaixar o clube, o presidente afirmou que já há um começo de entendimento com os árabes e que o clube ainda está no prazo para quitar a dívida e evitar que uma nova punição.

O importante é fluxo de pagamento. O que a gente não podia era receber punições ou pagar quantias grandes à vista. Faltava credibilidade. Agora, os clubes topam parcelar as dívidas do Cruzeiro. Nessa gestão, o Cruzeiro jamais sofrerá pena de perda de pontos ou rebaixamento. Podem dormir tranquilos-concluiu.

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