Cruzeiro se reúne com organizadas para tratar de regras da Libertadores

O Cruzeiro está tomando todas as medidas possíveis para não ter problemas dentro de e fora de campo para a disputa da Libertadores da América. A estreia da Raposa na competição sul-americana será no dia dia 7 de março, às 19h, diante do Huracán, em Buenos Aires, na Argentina. Neste duelo e em todos os compromissos da Raposa pelo torneio continental, tanto em seus domínios quanto fora de casa, o clube e seus torcedores não poderão realizar ações específicas dentro e fora de campo, de acordo com regras determinadas pela Conmebol.

E para esclarecer todas as normas e proibições, o Cruzeiro reuniu, na na Toca da Raposa II, representantes de sete torcidas organizadas (Máfia Azul, Geral Celeste, China Azul, Pavilhão Independente, Cachazeiros, Torcida Jovem do Cruzeiro e Torcida Fanati-Cruz), do Estádio Mineirão e também de setores da equipe celeste envolvidos nas partidas. O encontro foi ministrado pelo Advogado e Ouvidor do clube, Edison Travassos, que também é o interlocutor do time celeste junto à Conmebol.

Um dos pontos mais importantes abordados foi a responsabilidade imputada ao Cruzeiro em caso de descumprimento das regras, tanto de ações feitas pelo Clube quanto pelo torcedor. Entre as sanções impostas, a Raposa está sujeita à multa, perda de mando de campo e outras punições ainda mais graves.

Proibições

Entre as medidas vetadas está a conhecida “Rua de Fogo”. Tradicional em jogos do Cruzeiro no Mineirão, a ação consiste em receber o ônibus da equipe com sinalizadores e outros produtos pirotécnicos. A proibição é uma forma de proteger o torcedor de possíveis acidentes. Durante a reunião, também foi mencionado o impedimento do acesso de torcedores embriagados nos estádios.

Por parte do clube, o Cruzeiro também não poderá realizar shows pirotécnicos nos estádios, como de costume. Também não estão autorizadas ações com utilização de luzes e gases dentro e fora de campo.

Outras iniciativas vedadas:
- Atirar objetos no gramado;
- Bombas, apitos e guarda-chuvas;
- Rolos de papel, papel picado e laser;
- Músicas que incitam o vandalismo ou outros tipos de violência;
- Repressão aos árbitros, tanto no lado externo quanto interno dos estádios;
- Utilização de fogos de artifício no hotel das equipes adversárias;
- Bandeirões.

E o que pode?

Em relação às bandeiras, estão liberadas aquelas que tiverem até dois metros, mas sem o mastro, bandeirolas de até 1,5 metro e tirantes de 90 cm, com espaçamento de cinco metros entre elas.

Nomeado “Delegado” do Cruzeiro em relação aos assuntos da Conmebol, Edison Travassos é o interlocutor entre o clube e a entidade e tem como obrigação averiguar se todas as normas estão sendo cumpridas. Segundo ele, a reunião desta tarde serviu para que todos saibam onde cada um pode contribuir com o sucesso do espetáculo.

-Nosso intuito era conscientizar que cada um tem sua responsabilidade no evento. Estamos todos juntos em prol do Cruzeiro. Podemos receber multas pesadas e sanções que podem envolver desde desconto de valores na cota de participação na Libertadores a até mesmo jogar de portões fechados e desclassificação do torneio. Queremos fazer um jogo que seja ótimo antes, durante e depois da partida- Edison Travassos.

Também presente no encontro, o Gerente de Marketing e Relacionamento com o Torcedor, Leandro Freitas, destacou o papel importante das torcidas organizadas na reunião.

-Todas essas penalidades podem atingir o clube. As nossas torcidas organizadas são partes importantes nas partidas e nos ajudam a fazer uma festa bonita nos duelos. Então é necessário que todos saibam o que está autorizado a ser feito para que possamos realizar um bom jogo dentro das quatro linhas e também nas arquibancadas- declarou.