Robinho consegue a rescisão do seu contrato com o Cruzeiro na Justiça
O meia de 32 anos conseguiu uma liminar que o libera da Raposa, podendo acertar sua ida para outro clube
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O meia Robinho, de 32 anos, conseguiu a sua rescisão de contrato, encerrando seu vínculo com o Cruzeiro. O jogador conseguiu sua liberação na Justiça do Trabalho em ação movida contra o clube.
Desde que foi anunciada sua dispensa da Raposa, em 5 de junho, Robinho pedia que fosse declarada a rescisão imediata do vínculo com o time mineiro, que se encerraria no fim 2021.
A decisão a favor do meia foi expedida pela pela juíza da Terceira Vara do Trabalho de Belo Horizonte, Flávia Fonseca Parreira Storti. O Cruzeiro poderá recorrer se assim desejar.
A disputa entre o atleta e a Raposa se iniciou após a divulgação da saída de Robinho, que acionou a Justiça. Duas audiências foram feitas para tentar um acordo, porém, em vão. Agora, o jogador está livre no mercado graças a uma ordem judicial.
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Confissão de dívida e novo contrato
Robinho chegou ao Cruzeiro em 2016, vindo do Palmeiras e seu primeiro contrato iria até o fim de 2019, quando a diretoria, em julho do ano passado, renovou por mais duas temporadas, com encerramento no fim de 2021.
Com esse novo acordo, segundo os autos do processo, o Cruzeiro tinha pendências financeiras no valor R$ 2.169.792,10 com o jogador, já que o novo contrato só teria validade a partir de janeiro deste ano.
Esse cenário, mais a frágil situação financeira do Cruzeiro, gerou um acordo entre as partes, de uma assinatura de confissão de dívida do clube com o atleta e ainda aceitar parcelamento dessa dívida. No processo diz que Robinho foi obrigado a assinar o "Instrumento de Confissão de Dívida e Repactuação de Débitos".
A dívida do antigo contrato foi parcelada da seguinte forma:
- R$ 1.792.348,86 em 20 parcelas mensais de R$ 89.617,44, a partir do dia 10 de abril de 2021;
- Depósito de R$ 377.771,38 na conta vinculada ao FGTS do jogador até 30 de dezembro de 2021.
Outra dívida do Cruzeiro com Robinho se refere ao novo contrato, que previa um valor mensal de salários em torno de R$ 450 mil. Só que o jogador e outros atletas assinaram uma redução salarial para ficar no teto do clube, R$ 150 mil, devido a crise financeira da Raposa. A defesa do meia indicou no processo que os R$ 300 mil da diferença entre janeiro e dezembro deste ano também seria parcelada.
“A diferença total bruta apurada de R$ 3.900.000,00 durante o período de 01/01/2020 e 31/12/2020, será recomposta e quitada pelo Cruzeiro ao atleta em vinte parcelas mensais, fixas e consecutivas no valor bruto de R$ 195.000,00, iniciando-se o pagamento em 10/04/2021 e as demais nos mesmos dias dos meses subsequentes.”
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