Cruzeiro sai na frente, mas cede empate com falha da zaga
Foi a 11ª partida da Raposa na competição que terminou empatada, o que a deixa a equipe cada vez mais longe do G4 da Série B
Em um jogo de dois tempos distintos, Goiás e Cruzeiro ficaram no empate por 1 a 1, na Serrinha, pela Série B do Brasileirão, na noite desta terça-feira. A Raposa saiu na frente com gol de Thiago, mas Elvis empatou na sequência, pela 22ª rodada.
Foi o 11º empate do time mineiro em 22 jogos na competição. A equipe ocupa a 14ª posição, com 26 pontos, longe do G4, que dá acesso à elite nacional. O Esmeraldino subiu para o terceiro lugar, com 39 pontos.
A vitória estrelada não veio por um erro do zagueiro Eduardo Brock, que culminou no gol de empate dos goianos. A partida teve dois tempos bem diferentes, com o primeiro sonolento, sem nenhuma criatividade. Já na etapa final, as dois times resolveram buscar mais gol, o que melhorou bem a qualidade do jogo.
Primeiro tempo na “ressaca” do feriado
Goiás e Cruzeiro estavam com forte marcação e não houve nenhuma chance de gol. O fato mais relevante foi a saída, ainda na etapa inicial de Bruno José, que se lesionou. Além disso, o placar igual aconteceu pela força defensiva de ambas as equipes. Parecia que os dois times estavam cansados dos dias parados no feriado.
Setor criativo não estava presente na Serrinha
Tanto o Cruzeiro quanto o Goiás tinham imensas dificuldades em articular jogadas ofensivas. As duas equipes tiveram tempo para trabalhar e não se viu evolução tática e técnica, com ambos ofertando um jogo de qualidade bem duvidosa até os 15 minutos do segundo tempo.
E o “modo ataque” resolveu dar as caras em Goiânia. Dois gols em dois minutos
As mudanças promovidas por Luxemburgo e Marcelo Cabo, trouxeram uma melhora no meio de campo da Raposa e do Esmeraldino. O resultado veio em seguida com um gol para cada lado, marcados por Thiago, com o empate do Goiás vindo dois minutos depois com Elvis. Os ataques finalmente apareceram na Serrinha.
Falhas que custam caro
O erro de Eduardo Brock no gol do Goiás, quando não conseguiu tirar a bola da área celeste, entregando no pé do adversário, culminando no tento de Elvis, é o tipo de lance que pode não refletir imediatamente no resultado final do jogo, mas certamente será lamentado com os pontos perdidos diante de um rival que está no G4. A defesa cruzeirense teve outras “pixotadas” assim na Série B, o que explica o time ter empatado muito e estar longe do grupo que vai subir à Série A.
Wellington Nem cresce e o time melhora
O atacante deu o passe para o gol de Thiago e jogando mais centralizado, conseguiu criar boas jogadas, oferecendo perigo ao gol de Tadeu. Pode ser uma alternativa de posicionamento para Vanderlei Luxemburgo.
Não vencer um jogo ou outro para o Goiás é administrável. Para o Cruzeiro é adeus à Série A
Em condições normais de tabela, com o Cruzeiro não tendo empatado tanto no campeonato, ficar na igualdade com o Esmeraldino seria um bom resultado. Porém, para a Raposa, que precisa ter aproveitamento acima da média para manter o sonho de Série A, empate não serve. Ainda mais quando está em vantagem diante de um rival do G4.
Próximos jogos
O Cruzeiro volta a campo no sábado, 11 de setembro, às 11h, contra a Ponte Preta, na Arena do Jacaré. Já o Goiás terá pela frente, na 23ª rodada, o CRB, também no dia 11, só que às 21h, no Rei Pelé, em Maceió.
FICHA TÉCNICA
GOIÁS 1 X 1 CRUZEIRO
Data: 7 de setembro de 2021
Horário: 21h30 de Brasília)
Local: Serrinha, Goiânia (GO)
Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Michael Stanislau (ambos do RS)
VAR: Braulio da Silva Machado (SC)
Gols: Thiago, aos 17’-2ºT(0-1) e Elvis, aos 19’-2ºT(1-1)
Cartões amarelos: Adriano (CRU), Diego (GOI), Apodi (GOI), Artur (GOI)
Cartões vermelhos:-
GOIÁS (Técnico: Marcelo Cabo)
Tadeu; Apodi, David Duarte, Reynaldo e Artur; Rezende (Daniel Oliveira, aos 35’-2ºT), Caio Vinícius (Felipe Bastos, aos 14’-2ºT) e Élvis; Diego, Nicolas e Alef Manga (Dadá Belmonte, aos 24’-2ºT)
CRUZEIRO (Técnico: Vanderlei Luxemburgo)
Fábio; Cáceres, Ramon, Eduardo Brock e Matheus Pereira; Rômulo, Adriano e Giovanni (Claudinho, aos 11’-2ºT); Bruno José (Marcinho, aos 19’-1ºT (Felipe Augusto, aos 43’-2ºT)); Wellington Nem e Rafael Sobis (Thiago, aos 11’-2ºT).