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Cruzeiro tem déficit em 2018 e dívida acima de meio bilhão de reais

O balanço do clube mostra evolução nas receitas, mas também crescimento substancial de custos e despesas da Raposa em 2018

Foi o primeiro balanço da administração de Wágner Pires de  Sá, à esquerda, que iniciou o seu mandato em janeiro do ano passado
imagem cameraFoi o primeiro balanço da administração de Wágner Pires de Sá, à esquerda, que iniciou o seu mandato em janeiro do ano passado- Vinnicius Silva/Cruzeiro
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 17/04/2019
03:32
Atualizado em 17/04/2019
08:10

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Após o Atlético-MG ter o seu balanço de 2018 divulgado, mesmo sem a aprovação oficial do conselho do clube, demonstrando déficit no ano passado, o maior rival do Galo, o Cruzeiro também teve os dados do seu balanço revelados publicamente.

E, o resultado da Raposa também teve prejuízo para os cofres do time celeste, assim, como o rival. Este é o primeiro balanço do Cruzeiro sob a administração de Wágner Pires de Sá, que iniciou o seu mandato em janeiro de 2018.

A o clube cruzeirense obteve aumento de receitas, impulsionadas por boas premiações como as conquistas do Mineiro e da Copa do Brasil. Porém, as despesas também aumentaram, com o endividamento celeste saltando de R$ 384 milhões para mais de R$ 520 milhões.

Como está a dívida do Cruzeiro

O passivo cruzeirense chega a mais de meio bilhão distribuídos da seguinte forma: R$ 316.884.811 milhões em débitos que tem de ser quitados com prazo de um ano. Outros R$ 304.915.835,00 são dívidas que podem ser pagas com prazo maior que um ano. Abatendo esse valor entra uma receita atual de R$ 57.839.677,00 , outra de R$ 41.145.106,00, que são receitas futuras e R$ 2.711.574,00, fechando a conta em R$ 520.104.289,00 de débitos do clube.

O endividamento do Cruzeiro não foi maior porque a sua receita de 2018 aumentou em relação ao ano de 2017. O clube mineiro arrecadou em 2018 R$ 383 milhões. Em 2017 foram R$ 308 milhões computados em caixa.

As negociações de jogadores subiram de R$ 35 milhões para R$ 90 milhões. Outro incremento de receita foi o aumento dos direitos de transmissão das partidas que saltou de R$ 177 milhões para R$ 191 milhões, contando a premiação da Copa do Brasil de 2018, que gerou mais de R$ 50 milhões aos cofres da Raposa pelo título.

Patrocínios e bilheteria

Se o Cruzeiro estivesse totalmente saneado financeiramente, poderia se gabar de um grande ano financeiro, além das façanhas em campo. Os valores arrecadados com patrocínios e bilheteria também aumentaram.

Os patrocinadores pagaram em 2017 R$ 26 milhões e R$ 33 milhões no ano passado. O valor de bilheteria saltou de R$ 16 milhões para R$ 24 milhões.
Porém, se entrou mais grana, os gastos tiveram evolução considerável, em 2018, o Cruzeiro teve um déficit de R$ 27.236.795,00, bem maior do que o de 2017, que foi de R$ 16.844.160,00.

Além de impostos, os custos com pessoal custaram ao time azul R$ 226 milhões, contra R$ 174 milhões do ano anterior. O dinheiro usado só para contratar jogadores foi na casa de R$ 58 milhões, Outro ponto do balanço de destaque no déficit foi o aumento dos valores devidos a bancos que saíram de R$ 33 milhões em 2017 para R$ 92 milhões em 2018. As dívidas com outros clubes foi de R$ 98 milhões aproximadamente contra R$ 65 milhões do ano anterior.

O balanço cruzeirense será votado oficialmente no próximo dia 25 de abril, às 19h , pelos conselheiros do clube. Ainda não há novidades se o empréstimo de R$ 300 milhões será obtido pelo clube para quitar dívidas mais urgentes.

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