Objetivo agora é unificar títulos mundiais das duas federações
Cátia Portilho, atleta do Powerlifting, foi campeã brasileira no fim de semana e se prepara para a seletiva do Mundial da Federação Internacional (IPF)
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Aos 49 anos, a atleta Cátia Portilho, da Equipe de Furnas do Levantamento de Peso Powerlifting, se destaca mais uma vez. Pentacampeã e recordista mundial pela WABDL (World Association of Benchers and Deadlifters), ela bateu agora todos os recordes da categoria Master 2 até 63 Kg no Powerlifting por levantamento (modalidade que une agachamento, supino, levantamento terra) e também no somatório de todos os levantamentos, além de ser a melhor atleta master por índice de força, da CBLB (Confederação Brasileira de Levantamento de Peso), entidade que representa a IPF (International Powerlifting Federation) no Brasil.
O campeonato foi realizado no último fim de semana, em Florianópolis-SC. Cátia nem competiu com todos os equipamentos necessários. Ela perdeu muito peso - propositalmente, para competir em Las Vegas, ano passado, onde conquistou o quinto título mundial pela WABD - e acabou não podendo usar a sua camisa de supino, que ficou larga. No final, no entanto, foi campeã levantando, no somatório de todos os levantamentos, 380,05 kg.
Em busca de novos desafios, Cátia planeja agora unificar o título de campeã mundial na mais antiga das Federações, a IPF e a WABD. A IPF é a entidade responsável pelo Paralímpico de Halterofilismo no Brasil, e a única ligada à IWGA, entidade que organiza o World Games, Jogos Mundiais das modalidades que pleiteiam reconhecimento olímpico. A solicitação já foi feita e está tramitando junto ao COI (Comitê Olímpico Brasileiro).
O caminho de Cátia, na atual federação começou há alguns anos, quando ela se sagrou campeã de Powerlifting Paulista, Brasileira e Sul-Americana por duas vezes e uma vez Pan-Americana.
Por conta de um acidente na academia onde trabalhava - uma aluna derrubou uma anilha de 20 kg em suas costas -, a atleta teve 3 hérnias de disco e ficou sem andar por mais de uma semana.
- Achava que nunca mais iria conseguir nem trabalhar como personal trainer, pois minha perna direita paralisou. Foi horrível, tive que voltar devagar e era impossível fazer agachamento. Então, por 6 anos, fiquei só no supino e no terra. Pensei que jamais poderia agachar novamente e até vendi meus equipamentos, pois estavam muito largos. No momento, preciso comprá-los para meu novo corpo, pois os que tenho não estão mais adequados e muito usados. No supino, competi sem, pois a minha camisa de força estava totalmente larga”, contou Cátia.
Nesta sua volta ao Powerifting, ela já arrematou os recordes no Brasil que estavam sem ser batidos desde 2011. Cátia espera ser convocada para o Campeonato Sul-Americano, seletiva para o Mundial, que será em outubro, na cidade de Tallinn, na Estônia.
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